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Do poder da mente

adoro Poor Boy dos Belle and Sebastian e o seu vídeo. quando a oiço penso sempre no poder da nossa imaginação e de como tudo de facto começa na nossa cabeça. e será que dela sai alguma vez? 



quando vejo o vídeo penso nesta curiosidade que sempre senti em observar o outro. ainda ontem, enquanto esperava pelo almoço no Colombo (cheio de pessoas!!!), observava cada um na sua vida e senti-me como esta criança de binóculos a espreitar.


vi uma mãe a almoçar com a filha que estava tão entediada que a pus a pensar que a escola nunca mais começava. que até a escola lhe parecia melhor do que estar ali a passar tempo com a mãe. 
esta pela sua vez estava felicíssima e tão mergulhada na sua certeza de estar a fazer bem que não abriu espaço para o fastio da outra a incomodar.
vi uma senhora com uma perna postiça e imaginei-a como a personagem das histórias que os meus pais me contavam de uma senhora que, por desgosto amoroso, se tentou suicidar na linha do comboio. mas que a vida, dura e cruel, a poupara e apenas lhe levara a perna direita.

vi homens de fato e gravata. uns esmagados pelos papéis, curvados de peso. outros hirtos a tentar não mudar a postura para que os papéis que tão bem mantém equilibrados na sua cabeça não caiam. as mulheres, essas vejo-as habituadas ao malabarismo do multitasking e, por isso, cheias de tudo. ocupadas permanentemente. 

e no fim da observação, olhei para mim e agradeci-me. Vi-me pois tudo o quanto vi nos outros era Eu, vinha de dentro de mim.
agradeci-me, então, por me aborrecer com as coisas à minha volta, por me entediar, por andar ora curvada ora hirta com o peso dos papéis, por me ocupar com tudo e com todos. agradeci-me por ter tudo isto dentro de mim. por me ter visto. 

e por tudo isto eu Sou grata!

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