Nunca poderá ser pálida bonequinha,
Produto sem frescor qual manequim de molas,
Pés para borzeguins, dedos p'ra castanholas,
Que há-de satisfazer almas como esta minha.
Eu deixo a Gavarni, poeta de enfermaria,
Seu rebanho gentil de belezas cloróticas,
Porque nunca encontrei n'essas plantas exóticas
A rubra flor que anela a minha fantasia.
Meu torvo coração, na angústia que o oprime,
Sonha Lady Macbeth, alma fadada ao crime,
Pesadelo infernal que um Ésquilo criou;
E contigo também, ó Noite grandiosa,
Filha de Miguel-Anjo, esfinge misteriosa,
Sereia colossal que algum Titã gerou!
Charles Baudelaire, in As Flores do Mal
Uau, que lindão este blog, adorei! Adorei as histórias com tarô. Muito bom, parabéns!
ResponderEliminarEstou seguindo e linkando.
beijos
Daneila sê bem-vinda :)
ResponderEliminarAgradeço muito as tuas palavras, compreendes agora porque pela primeira vez deixei comentário no teu blog, é que Klimt me diz mesmo muito.
Cá te esperarei nas aventuras do Alegria :)
Beijocas
Olá, sou nova por aqui mas gostei... vou seguir :)
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