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rendição ao desejo

já passaram uns quantos anos, já se apagaram uns quantos blogues, eliminaram umas quantas páginas, mas o Grimoire permanece, contra todas as expectativas, aqui está.
nunca o fui capaz de apagar, fechar, esconder, guardar, seja lá que ação pudesse considerar a melhor (não gostava, e continuo a não gostar, de ter energia parada na minha vida.) mas com o Grimoire nem sequer isso alguma vez me passou pela cabeça.



e volta e meia, lá vem a vontade de o conseguir relançar, lá vem a força bruta e ... não há tempo, não é a prioridade. fica o post a metade ou quase terminado, mas lá vem algo que se sobrepõe. não escrevo isto com um pesar, como se estivesse a fazer escolhas obrigada. não. gostava muito de escrever mais, mas nesta altura em que o tempo está mais partilhado, aceito e vivo as experiências só para mim.

no entanto, e principalmente porque nos últimos anos tanta coisa se alterou, regressa a vontade de retomar o hábito de registar aqui tudo o que tenho aprendido, tudo o quanto tenho crescido, todas as técnicas e reflexões pelas quais vou passando. e hoje a sensação chegou ao seu auge.

nos últimos tempos têm chegado até mim post que aqui escrevi, e acredito que se tivessem ocultado o nome de quem escreveu eu duvido que identificasse imediatamente que eram meus. alguns atingem-me com espanto, como é que há tanto tempo eu já pensava assim...outros com curiosidade, onde fui eu buscar estas palavras, este conhecimento...e aos poucos e poucos, palavra por palavra, lá se instalou a vontade.

assim, acho que o que quero registar é um não compromisso. um post de relançamento com as condições da minha rendição. rendição ao imprevisto, rendição às prioridades de viver o momento no momento, rendição ao tempo, e, também tão importante, rendição ao desejo de escrever.

rendo-me a mim.

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