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A Espada da Justiça cai sobre Alegria

Desculpem a demora na publicação da história do Alegria, mas mais um fim-de-semana ausente fez com que não tivesse muito tempo e disponibilidade necessária para o fazer.

Ufa...estas semanas estão a ser uma confusão HEHEHHEEH acho que andamos em círculos à volta de um assunto qualquer que nos estamos a recusar admitir! Mas a Lua cheia em Leão e o Sol em Aquário foram bastante reveladoras!

Vamos ver o que aconteceu ao nosso Amigo!
Enquanto caminhava a imagem da Mulher vinha-lhe à cabeça e Alegria não hesitava. Sabia que havia tomado a decisão correcta, afinal ele fora capaz de ver a ilusão onde se estaria a envolver e compreendera que dali não podia vir nada de útil. Estava mais do que convencido de que agira correctamente!

O seu coração estava aquietado e no lugar certo, até que...

Uma grande tristeza se abateu sobre si, a luz apagou-se e tudo era escuridão. Alegria não conseguia ver onde estava, mas sentia-se muito mal ali. Uma sensação estranha de familiaridade e ao mesmo tempo novidade invadia-lhe o pensamento, o corpo e a alma.
Era como se ali já tivesse estado e, contudo, fosse a primeira vez! Inquietação!

Resolveu realizar o ritual da respiração do Fogo para conseguir sossegar, pois de outra forma sabia que não iria conseguir sair daquela situação.

Desejo foi a palavra que por três vezes ouviu ecoar em si, uma na raiz, outra no plexo solar e outra no coração. DESEJO
Serenamente projectou essa palavra, vã em sentido, apenas letras, numa tela branca na sua mente. DESEJO

As letras foram-se soltando, pulando, aproximando e afastando, até que, de repente, a cara da Mulher surgiu na tela. O pormenor do seu pescoço, os traços definidos dos seus lábios, a suavidade das suas mãos. Alegria estava extasiado. Acalmou o seu plexo sacro que começava a ulular de energia e prosseguiu com a meditação. Mas o plexo solar encolhia!!!

Focou a cara da Mulher e deixou-a brincar como a palavra havia feito. Para seu espanto uma cena completa se formou na tela branca. Alegria deveria estar no início da idade adulta. Estava numa esplanada a contemplar o sol da tarde de um final de dia de Verão. Uma Mulher maravilhosa senta-se na mesa ao lado e olha-o timidamente.
Educadamente sorri e volta os olhos para o horizonte. Mais uma vez é desviado do objecto de observação pela sensação de que alguém o observa, olha para a mesa e a Mulher fecha os seus olhos num movimento doce e convidativo. Alegria estremece de desejo e nesse momento, levanta-se e vai embora.

A cena desaparece e outra surge. Alegria envolvido nos braços de uma Mulher. Ela devora-o com o seu desejo e ele apenas se deixa ir. A cena é dura para Alegria que sente o seu coração a apertar ligeiramente. Treme o olho e a imagem desvanece.

DESEJO este impulso tão mal trabalhado por Alegria. Finalmente o peregrino compreende que tem andado em círculos, que a lição que havia por aprender ainda não fora aprendida. Por se ter deixado levar por várias vezes, nunca analisando os impulsos que o levavam a satisfazer determinados desejos, acabara por se enrolar com pessoas e situações que o haviam perturbado e que, em última análise, o levavam agora a recusar aceder aos seus desejos.

Afinal, havia recusado a experiência não por superioridade e lição aprendida mas por receio e teimosia. Alegria tem de aprender a equilibrar os seus desejos, sabendo destrinçá-los de forma a compreender o que é decisão consciente do momento ou padrões antigos de comportamento.

E faz-se luz! Alegria consegue novamente ver o lugar onde está e para onde quer ir. Voltar atrás e encontrar a Mulher que o convidou a dormir na sua cama, a comer da sua comida e beber da sua bebida. Alegria vai enfrentar os seus Desejos pois para fazer o caminho do Meio ele precisa de tocar as duas beiras da Estrada!

E nós? A que ponto das semanas anteriores deveremos voltar? Que lição julgávamos aprendida? Confesso que como o Alegria o meu plexo solar fica pequeno só de pensar que terei de ir atrás...
Vamos pois a Força está novamente entre nós!

Na segunda hora de Mercúrio do dia de Lua, S. Inácio, S. Brígida, S. Tugen

Comentários

  1. Shin,

    O teu plexo encolheu. O meu fez as malas e foi embora!

    Pois é...o segredo parece que reside mesmo no AGORA.

    Neste momento em que eu tenho a possibilidade de me enrolar ou não enrolar, de ir ou ficar, de ler o teu post e não pensar sobre o seu conteúdo ou perguntar-me se estou a ser o Alegria em relação aos meus desejos.

    Errar é humano ( persisitir no erro é americano..lol)e é inevitável nem sempre nos orgulharmos das nossas decisões e da nossa conduta.

    O que costumo fazer é: imagino a imagem mais bonita, mais nobre, mais perfeita que tenho de mim.
    E depois pondero se os os meus actos se enquadram dentro dessa imagem.
    Se ainda assim houver insatisfação ou inquietude e eu não alcançar porquê, aí pondero em ir lá e comer e beber e ficar a olhar para a tal Mulher. Enfim, em satisfazer o Desejo.

    Afinal a vida não é previsão, é um mistério...

    Não sei Shin. Não sei mesmo. Há tantos factores à mistura. Familiares, educativos, sociais, até físicos que nunca sabemos bem porque agimos como agimos e desejamos o que desejamos.
    Resta-nos uma escolha: quem quero ser diante desta situação?

    Post tramado sis...

    beijos e obrigado na mesma

    ResponderEliminar
  2. IdoMind

    post tramado mesmo!!! Não está fácil e pelos comentários que temos tido parece que não está fácil para muita gente!!!

    Errar é americano LOLLOLOLOLOLOL

    Façamos o que fizermos que seja função de uma pessoa melhor!! Lindo!

    Beijocas minha sis

    ResponderEliminar
  3. LOL... adorei essa do "persistir no erro é americano"... ri-me tanto...

    É interessante este teu post, sobre os desejos.
    Como os domamos, o que prioritizamos.

    Sabes, na verdade, eu não acredito que devamos deixar de desejar, faz parte da nossa vivencia e experiencia terrena. A questão é, o que desejamos e quais as prioridades que damos... é aquela velha historia de deve e do haver, mas sem sentimentos de culpa.

    Parece-me que é importante sabermos distinguir entre o que é um desejo vão, ou futil e o que é realmente um desejo, mas depois paro e penso... eh! E porque não hei-de desejar (de vez em quando) algo só porque sim?
    Equilibrio é e será sempre a chave.

    Ido, já não sei se foi neste post ou no outro que lia sobre a força, mas a mim não me parece mau a força ter uma cabeça de mulher debaixo da mão, talvez ela simplesmente tenha conseguido ganhar os tais desejos vãos, ou não! :) Num momento a cabeça que está em cima até pode ser a "futil"(*) e noutro momento a outra... E porque não?
    É uma questão de prioridade no momento certo ;)

    Beijocas doces às duas manas lindas

    (*) com futil quero dizer, limitada pelo desejo, sem estar muito preocupada pela consciencia que temos e que muitas vezes nos deixamos dominar pelo facto de sermos conscientes, aquela coisa, tipo "sou uma pessoa consciente, não posso fazer isto"... ehehhe... e porque não? Porque estou a apelar ao sentimento de culpa nisto? Hum?

    ResponderEliminar
  4. Ondinha

    é isso mesmo. O desejo faz-nos continuar a viver. Também concordo que não é por termos um nível de consciência assim ou assado que devemos deixar de desejar coisas terrenas. O problema é quando achas que sabes o resultado de tal desejo...as mudanças que isso pode provar em ti...a falta de controlo sobre as coisas dá cabo destas duas manas LOL

    Obrigada pela tua partilha

    Beijocas e as melhoras

    ResponderEliminar

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