Espáduas brancas palpitantes:
Os braços calhas cintilantes 
para o comboio da alma. 
E os olhos emigrantes 
no navio da pálpebra 
encalhado em renúncia ou cobardia. 
Por vezes fêmea. Por vezes monja. 
Conforme a noite. Conforme o dia. 
Molusco. Esponja 
embebida num filtro de magia. 
Aranha de ouro 
presa na teia dos seus ardis. 
E aos pés um coração de louça 
quebrado em jogos infantis. 
Natália Correia, Poesia Completa
Era um dia de Vénus e de S. Filipe, S. Lourenço Justiniano e S. Maurílio

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