O Hierofante apareceu esta semana para nos ensinar algo. A primeira carta que nos apareceu, e segunda também, como que a reforçar a importância da mesma, o Pajem de Espadas, mostrou-nos que a lição tinha a ver com o mental, como ir direto ao assunto, sem nos perdermos nas armadilhas de uma mente confusa.
O Pajem de Discos levou-nos para uma resposta cheia de perguntas, novamente. Alertou-nos para não vaguear nesta vida, para aprender a ouvir as vozes dos Mestres Antigos e aproveitar para lhes perguntar o que verdadeiramente é relevante: o porquê e o como.
Não é novidade nenhuma a resposta que obtivemos, ou seja, que aquilo que buscamos está apenas dentro de nós. As respostas chegam até nós de variadas formas. Cada um tem a sua forma para entrar em contacto com o Não Manifestado. Sejam os sonhos, as cartas, os pássaros, as palavras dos transeuntes, os olhos das crianças, todas essas formas, e outras, servem para entrarmos em contacto com o nosso Eu, aquele que existe, existirá e sempre existiu. É dentro que a luta se trava e não fora. Lembremo-nos sempre que temos um guerreiro dentro de nós e que com ele vêm uns ajudantes importantes, que estarão sempre ao nosso dispor.
No entanto, por vezes, deixamo-nos levar pelo medo, pela crueldade e desespero. Essas lutas interiores só nos levam para o campo do mental, onde residem armadilhas antigas, verdadeiros labirintos, que nos fazem perder o norte. Só com alguma organização mental poderemos sair do labirinto. A Rainha de Bastões relembrou-nos que a paixão é sempre uma boa bússola. A dedicação ao nosso caminho não pode ser descurada e substituída pelo desespero. Se há fé, se cremos em algo, devemos sempre utilizar essa energia como uma estrela guia. Essa é a Luz que devemos buscar quando tudo se tornou escuro.
Porém, acontece que mesmo depois de tudo o que aprendemos continuamos a sentir insatisfação, aí a palavra de orientação só pode mesmo ser organização. Escolher o importante e estabelecer prioridades. Ordenar as nossas ideias e objetivos. Arrumar as gavetas mentais e relembrar o que é importante. Usar a sabedoria transmitida pela Rainha de Discos, que todos temos capacidades, uns têm umas, outros têm outras, mas cada ser traz consigo capacidades únicas. Desta forma, só precisamos de as usar, pois elas foram-nos entregues para serem usadas em cada etapa da peregrinação.
No I-Ching obtivemos o hexagrama 5 (número do Arcano Maior) - A Espera:
Adicionando o Arcano Maior - obtivemos o hexagrama 10 - Caminhar:
Pisar sobre a cauda do tigre.
Ele não morde o homem.
Sucesso.
Na primeira hora de Lua do dia de Sol, S. Romano, S. João Capistrano
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