Este ano nas fogueiras de S. João vou pular que nem uma Louca, brincar com a chama para purificar toda a sombra que haja ainda em mim. Vou brincar com a água para limpar as impurezas que restarem. Este ano nas fogueiras de S. João vou eliminar o Goblin, não o nutrirei mais.
Com o Sol a banhar-nos energeticamente falando, que fisicamente tem estado escasso, reencontrei algo que havia congelado há muito tempo. O Sol, como foi dito já este mês, leva-nos a encontrar as nossas qualidades, aquelas que formam a nossa unicidade. E eu redescobri uma.
Toda a minha vida me guiei pela serenidade de não me arrepender de nada do que fiz, por muita mágoa que envolva, pois acredito que tudo nos conduz a nós próprios. E, mesmo se muitas vezes preferia ter agido de forma diferente, não deixo que o arrependimento tome conta do meu coração. Foi isto que redescobri, e fiquei espantada como num repente me havia esquecido dessa minha qualidade tão importante. Como estava a permitir que sentimentos desses me invadissem e conduzissem.
Quando olhei o espelho vi algo que não gostei. Uma mulher ressentida e a camuflar sentimentos. Estava outra prisioneira do Goblin, enclausurada nas muralhas das suas artimanhas. Encantada pela sua voz sedutora, fingida. Olhei e vi a sombra de alguém que um dia teve luz nos olhos - o espelho da alma.
E o que faz um Caneiro quando vê uma batalha? Entra na guerra! Mas não desta vez, desta vez sei que a guerra não vale a pena, que a batalha é uma ilusão, um grilhão do Goblin. Esta Carneiro opta por perdoar. Olhar com os olhos inundados de Amor e, mesmo se não compreendo, aceito que o que foi foi e que estamos todos nesta Roda da Vida a aprender. Aprendamos então com os erros e não os voltemos a cometer.
Descongelei, desbloqueei e perdoei. Não foi um acto altruísta de grandeza da minha alma, não, não foi e não é. É um acto de egoísmo, de necessidade. Não quero construir um futuro alicerçado em sombras. Quero a luz. E às vezes perdoar é somente isso, não porque os outros o mereçam, mas porque nós merecemos paz.
Por tudo isto, esta noite, nas fogueiras de S. João, vou pular de alegria, freneticamente até que o corpo me doa e apenas consiga escutar a alma, que me dirá na sua voz verdadeira, estás limpa, és novamente Luz. És livre. És única. És Uma.
Na primeira hora de Sol de um dia de Lua e de Santa Edeltrudes, S. João Sacerdote e S. José Cafasso
Com o Sol a banhar-nos energeticamente falando, que fisicamente tem estado escasso, reencontrei algo que havia congelado há muito tempo. O Sol, como foi dito já este mês, leva-nos a encontrar as nossas qualidades, aquelas que formam a nossa unicidade. E eu redescobri uma.
Toda a minha vida me guiei pela serenidade de não me arrepender de nada do que fiz, por muita mágoa que envolva, pois acredito que tudo nos conduz a nós próprios. E, mesmo se muitas vezes preferia ter agido de forma diferente, não deixo que o arrependimento tome conta do meu coração. Foi isto que redescobri, e fiquei espantada como num repente me havia esquecido dessa minha qualidade tão importante. Como estava a permitir que sentimentos desses me invadissem e conduzissem.
Quando olhei o espelho vi algo que não gostei. Uma mulher ressentida e a camuflar sentimentos. Estava outra prisioneira do Goblin, enclausurada nas muralhas das suas artimanhas. Encantada pela sua voz sedutora, fingida. Olhei e vi a sombra de alguém que um dia teve luz nos olhos - o espelho da alma.
E o que faz um Caneiro quando vê uma batalha? Entra na guerra! Mas não desta vez, desta vez sei que a guerra não vale a pena, que a batalha é uma ilusão, um grilhão do Goblin. Esta Carneiro opta por perdoar. Olhar com os olhos inundados de Amor e, mesmo se não compreendo, aceito que o que foi foi e que estamos todos nesta Roda da Vida a aprender. Aprendamos então com os erros e não os voltemos a cometer.
Descongelei, desbloqueei e perdoei. Não foi um acto altruísta de grandeza da minha alma, não, não foi e não é. É um acto de egoísmo, de necessidade. Não quero construir um futuro alicerçado em sombras. Quero a luz. E às vezes perdoar é somente isso, não porque os outros o mereçam, mas porque nós merecemos paz.
Por tudo isto, esta noite, nas fogueiras de S. João, vou pular de alegria, freneticamente até que o corpo me doa e apenas consiga escutar a alma, que me dirá na sua voz verdadeira, estás limpa, és novamente Luz. És livre. És única. És Uma.
Na primeira hora de Sol de um dia de Lua e de Santa Edeltrudes, S. João Sacerdote e S. José Cafasso
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