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Saturno (parte II)

Saturno (parte I)

No plano físico Saturno representa as coisas duradouras, no corpo humano rege o esqueleto, (a parte mais rígida), os joelhos, punhos etc.

Há uma condição (estrutura e limite), na qual já nascemos e dentro dessa condição, dentro desses limites, eles já foram impostos, condicionados por uma estrutura que eu materializei por razões kármicas. Quando assumimos as nossas escolhas e responsabilidades, os problemas que pareciam tão pesados tornam-se leves, simplesmente porque os aceitamos independente do tempo que nos é exigido para os resolver.



Ao nível emocional simboliza o Ego social, representa os padrões educacionais herdados assentes nas noções de respeito e dever. Ao nível mental, representa a lógica, a mente concepcional, capaz de disciplina auto-controlo e organização. Ao nível da personalidade, psicológico, Saturno corresponde ao superego, à persona, ao eu social, moldado pelos padrões hereditários de educação e status familiar inseridos num corpo social determinado.
As pessoas e a sociedade de uma forma geral moldaram os hábitos e o comportamento social do indivíduo, defeitos de comportamento, equívocos comportamentais, sentimentos negativos perpetuados no tempo vão dar traços de personalidade de carácter.

Saturno rege o signo de capricórnio, signo do topo, da meta a atingir, o mês da entrada do ano novo. A mensagem dos céus é, portanto, comecemos o ano com responsabilidade. Não é hora de sonhar, o momento requer “manter a mente quieta, a espinha erecta e o coração tranquilo”. Os castelos no ar precisam de cimento se desejamos realizá-los. É isso que confere saturno: a realidade é concreta. Para chegarmos ao alto da montanha os passos têm que ser cautelosos e firmes. É preciso saber onde se pisa para não atrasar a empreitada. Isso é responsabilidade! Isso é sabedoria!

Segundo as estruturas sociais, por um lado é à sociedade que vamos buscar reconhecimento sobre quem somos, por outro lado é a sociedade que nos impõe regras e limites que nos podem estruturar ou que nos podem condicionar e impedir esses limites essa estrutura.
E essa é a lição do senhor do karma: posso escolher entre viver como um velho tirano, engolindo meus filhos, minha auto-confiança, me cobrando, me exigindo e tornando as experiências difíceis e dolorosas, ou viver como um velho sábio, que sabe ter paciência e perseverança aceitando e assumindo responsavelmente os desafios.

Antes da estrutura social, temos uma estrutura genética, familiar que nos vai acolher bem ou mal, temos uma estrutura que nos vai assegurar no início que tenhamos a estrutura básica que nos vai permitir crescer seguros, equilibrados.
A casa em que a própria família, a estrutura básica onde a criança vai nascer, muitas vezes pode não funcionar porque não existe crescer sem limite, sem autoridade, sem regras, ou tem uma estrutura demasiado rígida e vai tornar-se mais impotente, condicionado.

autor desconhecido

Na primeira hora de Saturno de um dia de Mercúrio e de S. Agapito, S. Justo e S. Domingos de Gusmão

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