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1.ª Resolução do ano

Passei a usar o acordo ortográfico. Foi bizarro escrever diretora e direção, mas não passa de um hábito que deve ser adquirido. Só terei de combater a minha teimosia!

Será que vou conseguir pô-lo em uso aqui também?

E vós, blogueiros amigos, que pensais fazer? Acompanhar esta coisa orgânica que é a língua ou manter os costumes antigos?

Na primeira hora de Mercúrio do dia de S. Satiro, S. Modesto

Comentários

  1. olá!!
    confesso que ainda nem sei bem como é... mas vou adoptar (adotar ehehe) claro! A língua é mesmo assim, sempre em mudança.
    beijos

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  2. Shin

    Até 2015 (se sobrevivermos até lá) continuarei a escrever como sempre escrevi.
    A razão é simples: não percebo o fundamento, nem o objectivo deste acordo.
    Para mim parece-me tão somente ir ao encontro da linha adoPtada pelas políticas educativas no nosso país nos últimos anos- nivelar toda a gente na mediocridade.

    Como disse uma vez o Miguel Sousa Tavares,e com quem nesta matéria concordo, trata-se de uma aCto colonial do Brasil.
    Seria o mesmo que " ...os Estados Unidos impusessem um acordo ortográfico à Inglaterra".
    Esta é a minha opinião. Não acho que nos venha enriquecer em nada, pelo contrário.

    bjs

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  3. Shin:

    Francamente, nada mais me ocorre que um aproveitamento económico da situação, claro está, por editoras da terra de Vera Cruz, pode parecer xenófobo, mas como tanto gosto da minha pátria, sinto mágoa em sentir um bocado desaparecer, quando falo em pátria, digo a minha língua, que mais será. Vou passar a ter duas línguas, uma profissional, o português aldrabado e o pessoal, às escondidas do burgo transeunte.

    Bjo, Xeltox. (obrigado pelo espaço de discussão)

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  4. arKana

    é isso adotemos (OMG) isto não vai ser fácil ter de pensar no que escrevo e reler à caça de erro, a impulsividade do Carneiro a ser controlada...bom, por outro lado talvez deixe de fazer erros parvos!!!ou não LOLOLOL nnão ligues hoje acordei assim meio para o parva!!!

    Beijocas

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  5. IdoMind

    mais uma vez a resistir à mudança lololol, que inevitavlemente terá de acontecer, pelo menos no local de trabalho, onde eu já comecei.

    A razão por trás ou não desta imposição tem a ver, creio eu, como diz o comentário do xeltox com economia (que mais poderia ser?!?!) por questões de números populacionais, é mais fácil mudar a língua mãe. Sabias que os livros portugueses têm de ser "traduzidos" senão os brasileiros não os conseguem ler. (foi um habitante do Brasil mo disse!)

    Enfim, seja lá quais forem as razões, trabalhamos com público e com escrita, temos a obrigação de mudar, quanto mias rápido nos adaptarmos melhor. Já aqui os nossos espaços são outra questão, podemos ou não, mas fica a questão, não estaremos teimosamente à beira-mar como um Velho do Restelo?

    Beijocas

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  6. xeltox,

    antes de mais bem-vindo! Achei muito oportuna a tua intervenção e quase se formou uma imagem meio filme noir na minha mente enquanto lia a tua participação. Imagino-te a fugir pelos becos de uma cidade feia e putrefacta agarrado a um livro!

    Bom, quanto à questão, concordo contigo, creio que é por questões económicas, mas como já disse anteriormente, por questões profissionais, tenho de usar este acordo. E para mim, não me parece que faça sentido (para mim) usar em determinado contexto e depois não, por isso, creio que será inevitável que aconteça por estes lados também.

    Tenho pena, como tu, ainda me resta alguma marca de identificação com este país que é, claro, na língua, não nos resta mais nada! Por outro lado, tenho cá para mim que talvez estejamos a ser chamados a ter uma identidade universal, já que a nossa consciência alargou, que se alargue também o resto.

    Por outro lado, a história da língua está repleta de momentos em que houve uma viragem, desde o início que ela evolui, não será este apenas mais um momento desses?

    Beijocas e obrigada pela participação.

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  7. Shin

    Não é que queira levar a bicicleta mas não consigo realmente ficar calada perante a afirmação de que os brasileiros não entendem o português, então mude-se o português! Por essa ordem de ideias estão aqui estão a propor mudanças no inglês para que o vocábulos como " adbuzidos" sejam reconhecidos como sendo o correcto...francamente...
    Não se trata de resistir a mudanças, mas entender o porquê das mesmas e reconhecer que serão para melhor. O que não é, para mim, o caso.
    Que me perdoem os meus amigos brasileiros, pelos quais tenho imenso respeito, mas custa-me muito ver a minha língua devassada desta maneira.
    De positivo vejo apenas a uniformização, não da língua, mas da erudição.De acordo ortográfico em diante, estaremos todos a escrever bem o português porque todos o estamos a escrever mal...
    O 6 mantém-se ou vou ter de dizer meia, meia...?

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  8. Shin:

    Obrigado por tão pronta resposta, só descobri o teu blog há um par de dias.
    Ah, gostei sobremaneira da imagem de uma fuga impossível num qualquer filme obrigatoriamente votado ao preto e branco, pela fuga voluntária da cor para uma outra tela qualquer. Sinto que com a nossa língua se esteja a passar o mesmo, desculpa o desabafo, mesmo que de nada sirvam estas palavras. Continuo a achar que o multiculturalismo se constrói pelo respeito das particularidades, não o inverso. Não nego, no entanto a evolução, seriamos todos “Velhos do Restelo”?, não!

    Beijo, Xeltox.

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  9. Ido

    o que não te cabe na ideia é que o dinheirinho que tanto gostas manda tanto que até muda uma língua...pois não é por os brasileiros não conseguirem ler português da Europa, mas sim porque assim se gasta menos e ganha mais.

    O que me ri com o meia meia LOL

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  10. xeltox

    obrigada por voltares :) é só mais uma fase...daqui a uns bons anos já nem nos recordamos que isto aconteceu. Já não consigo responder mais nada sobre o assunto LOL compreendo perfeitamente o que é exposto já foi o que senti, agora, resta-me seguir a evolução e adaptar-me.

    Beijocas

    ResponderEliminar
  11. Minha cara, bongiorno. Me apaixonei pela língua portuguêsa quando li Amar, verbo intransitivo de Mário de Andrade e fui estudar a língua. Acabei descobrindo caminhos, histórias e históricos. Percebi que havia diferenças entre o as línguas desses dois paises (colonia e colonizador) imediatamente e não se limita as mudanças forçadas, instituídas para "simplificar". Basta vir ao Brasil e perceber que nesse país não se fala a mesma língua de norte a sul. Muito pelo contrário. No Rio se aproxima bastante do que aprendi em Coimbra, mas em São Paulo por exemplo, a língua sofreu influência dos italianos. Enfim, não uso, não me interesso e não de adapto porque acredito que seja uma ofensa aos dois países e a forma como foi imposta é ainda mais desagradável.
    Enfim, escrever "portarretrato" no lugar de "porta-retrato" me parece muito absurdo. Enfim, as gerações que vierem não pensarão como eu. Por isso as coisas são como são porque no dia seguinte já não se lembra do dia anterior.
    bacio

    ResponderEliminar
  12. Menina no Sotão

    sê bem-vinda! Ora nem mais, esta coisa resume-se "as gerações que vierem não pensarão como eu. Por isso as coisas são como são ".
    Escrever perentório também vai ser estranho, mas vai acontecer.

    Volta sempre e obrigada pela tua participação

    beijocas

    ResponderEliminar

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