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Reflexão com o Aeon

Esta semana com o Aeon, Juízo Final, arcano XX na Rota do Peregrino foi algo interessante pela energia do Arcano em si, mas também por ter saído, com excepção de segunda-feira, todos os dias Taças e muitas vezes se repetiram. As Taças são as nossas emoções, os nossos sentimentos. É a Água que nos movimenta e onde nos movemos, que existe em nós, de onde vem a criação, o princípio de tudo. Poderá ter sido uma semana a movermo-nos dentro, mas também a mexer em águas exteriores, nunca pode ser uma movimentação muito rápida, mas terá sido produtiva?

Vamos conversar:
Depois de se libertar das bagagens desnecessárias, renascido para uma nova fase da sua Jornada, sente que deve caminhar com o apoio único daquilo que sente, já reconhece a sua voz no meio de todas as outras e sabe que pode confiar. Novamente se encontra livre e pode seguir viagem, o domínio das suas emoções é o que lhe dá essa liberdade. Todas elas foram despertas e agora estão a ser resolvidas, muitas vezes até se resolveram sem a sua rédea.

A sua liberdade está presente, a sua comunicação é efectiva, mas há ainda algo que o bloqueia. O Cavaleiro com a Taça ainda não sabe o que é, mas esse bloqueio não o impede de se sentir bem. Sabe que não está a conseguir visualizar o cenário todo, mas há uma confiança que não o impede de seguir. O Amor Incondicional transborda de si, para si e para os outros. Ele celebra a Vida e a Morte com a mesma intensidade, ele sabe ouvir as vozes dos Mestres. Quanto ao bloqueio, apenas confia que no decorrer do caminho tudo lhe será presenteado.

Ao longo da jornada vai cada vez mais encontrando outras almas reconhecidas e recebe as confirmações que precisava, está no trilho certo. Algumas dessas pessoas são apenas para o confortar e apoiar, outras, porém, mostram-lhe situações a serem ultrapassadas. Seja como for, o Peregrino segue a Viagem, mergulha dentro de si e reconhece os seus erros passados, mas não pára. Faz a viagem interior e exteriormente, resolvendo o passado dentro, o que lhe permite agir no presente de forma diferente, reprogramando o que está para vir. Apesar de parecer não agir ele está sempre em acção. A acção na água é lenta, mas muito efectiva.

É nesta constante de dentro e fora que ele segue, confiando no Universo e no seu Caminho. Sabe agora que a alegria ou tristeza apenas pode ser provocada por si. O que terá acontecido nesta Viagem que o deixou tão seguro? Em verdade, ele sabe que nada, nem ninguém, lhe poderá retirar esta sensação de eterna celebração com a Vida. De onde vem isto? Será este o bloqueio que ele terá de passar? Deverá tornar consciente a origem de tal emoção? A viagem segue, hoje sem saber para onde, mas sempre em sentido de melhorar a sua personalidade e a sua vida. Para servir, ele tem de aprender os seus limites, as suas necessidades e a sua força. Para depois poder ser humilde, dedicado e quem sabe mestre.
Ora, aqui está o que o Aeon nos ofereceu, liberdade e sentimentos de amor e partilha. O peregrino mudou por dentro, está tão seguro em si que nada o impedirá. De alguma forma sinto que esta leitura se aplica a mim, mas acho que haverá por aí muitos outros peregrinos a sentirem estas palavras escritas para si. Estarei errada?

Na segunda hora de Saturno, do dia de Saturno, S. Auta, S. Juvêncio

Comentários

  1. Cá estou eu a indagar: Estas palavras são tuas ou te foram ditadas? São para ti em particular ou para os que aqui peregrinam também? Sinceramente o que li foi mais uma vez minha viagem. Estou pasma! Porque o remover de águas tem sido mesmo interior refletindo para o exterior, porém calmo, seguro, confiante. Contudo há algo a ser ultrapassado (bloqueio), mas que não impede o avanço, muito ao contrário, estimula-me a avançar por águas mais profundas até estar submersa por inteiro. Talvez seja isso ainda a faltar, ou a bloquear; é necessário despir-se completamente de si...

    Bendita sejas!

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  2. Meri

    eheheheheh as teorias divergem krkrkrkrkrkr

    Quando pego nas cartas vejo o caminho como um todo e faço as perguntas para eu própria entender, pois nem sempre estes processos são claros para mim, mas sinto que sou eu que escrevo e que pergunto.
    Contudo, há amigos que acham que esses momentos eu sou um canal rkrkrkrrk e que permito que algo fale(sinto-me estúpida a confidenciar isto).

    Não sei, nem quero saber, apenas faço e se for alguém a ditar, creio que será o Meu Eu Superior, aquela parte que já descodificou os mistérios todos!

    Mas as reflexões são para TODOS os peregrinos que quiserem. Reparo que nunca aconteceu ser uma leitura só para mim, mas algumas vezes são tão pessoais que muita gente nem se manifesta ;) respeito.

    Hoje estou-te grata pois estava a perguntar-me se alguém aprendia com estas reflexões ou se era apenas um exercício meu. Fiquei pasmada (foi a minha vez) com a tua anotação. Obrigada, obrigada, obrigada!

    A tua jornada desta semana foi muito bonita, que tenhas sempre a força e determinação para superar as tuas provas :*

    E usando as tuas palavras "Bendita sejas"!

    Beijocas

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  3. Shin,

    Interessante como sempre nas tuas publicações.

    Achei curiosa essa questão da Meri, porque eu ontem ao ler qualquer post teu identico, me coloquei a mesma pergunta.
    Mas conforme a fiz, também a desfiz. Fazemos parte do inconsciente colectivo e lá encontram-se todas as respostas para quem necessitar ;)
    Daí que a tua voz poderá ser a de muitos também... dependendo do momento de cada um, creio.

    Mas agora esta historia da água achei muito interessante, e explico porquê.
    Esta semana foi super estranha, com um cansaço extremo, mas uma energia Mercuriana bastante activa. Curiosamente, e não digo que não tenha nada a ver, porque sinto que tudo se interliga, mas esta semana, cheguei a casa na 3ª à noite e tinha um fio de agua estreito que me corria das torneiras, após várias tentativas e reagendamentos, só hoje (tive que me levantar às 8am para conseguir ligar) é que o piquete se dignou a vir cá a casa.
    O contador da água (fiquei a saber) é também uma especie de filtro, e retem as impurezas. Substituiram-no e agora já jorra com força.

    ... as emoções...

    Beijoquinha e grata pela partilha :)

    Onda Encantada

    PS: que comentário tão longooooo... :)

    ResponderEliminar
  4. Onda Encantada,

    :)))) essa é mesmo boa!!! Às vezes embrenho-me tanto na leitura espiritual que me esqueço do lado físico e concreto da coisa!!! A água pode ser só mesmo isso, a água rkrkrrkrkkr

    obrigada pela tua anotação trouxeste-me instrumentos valiosos. Concordo contigo, a informação está por todo o lado, basta esticar a mão e agarrá-la, se assim quisermos, claro!!

    Beijcoas

    ResponderEliminar
  5. É! A gente esquece-se da 3D, mas ela está cá... e é mesmo ela que serve para nos mostrar algo! É através da fisicalidade das coisas, que muitas vezes necessitamos para poder chegar a algumas conclusões, ou... desbloquear! ;)

    Xi <3

    ResponderEliminar
  6. OLá Shin Tau

    A confiança aparece quando perdemos o medo e a meu ver o medo só desaparece quando compreendemos o Caminho. Para além dos obstáculos do mau piso e das curvas, vemos também as as bermas floridas as árvores, ouvimos os pássaros e as pessoas que connosco se cruzam e conseguimos perspectivar no fim do caminho a nova Jerusalém.

    Beijos

    O Viajante

    ResponderEliminar
  7. Viajante

    adorei a tua anotação, linda!!!

    Obrigada por o fazeres, fica tão bem com a refexão :)

    Bem verdade, que consigamos dar até mais atenção às árvores e flores da berma do que ao maus pisos e curvas acidentadas :)

    Beijocas

    ResponderEliminar

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