Têm sido tempos assim em que sinto que não preciso de ver para saber o que se passa. O mergulho dentro de mim tem sido tão forte e arrebatador que me sinto nua e cega. Tal qual como na imagem. Firme e hirta consigo ler os meus Arquivos e ver aquilo que mais ninguém vê ou que em tempos nem eu própria conseguia aceder. Neste mergulho deixei para trás pessoas e formas de ser e estar. Recriei aquela mulher que estava a surgir. Aprendi que podemos mudar mesmo aquilo que ainda não se materializou. Que qualquer escolha é válida quando feita em consciência. Essa palavra sem significado para muitos e com muitos significados para outros tantos. Consciência... Com ciência, com conhecimento, com coração ou razão. Com segurança apenas de que sabemos quem somos e quem queremos vir a ser, partindo de quem fomos. A maioria dos olhos que me vêem ainda não notaram a diferença, mas ela já existe, já lá está há muito tempo. Tal como na crisálida, a beleza já lá está manifestada. Esta mudança vem de dentro