«Numa manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, Gregório Samsa deu por si na cama transformado num gigantesco insecto. Estava deitado sobre o dorso, tão duro que parecia revestido de metal, e, ao levantar um pouco a cabeça, divisou o arredondado ventre castanho dividido em duros segmentos arqueados, sobre o qual a colcha dificilmente mantinha a posição e estava a ponto de escorregar. Comparadas com o resto do corpo, as inúmeras pernas, que eram miseravelmente finas, agitavam-se desesperadamente diante de seus olhos.»
in A Metamorfose, Kafka
E se este fosse o cenário amanhã de manhã? Se ao nos queremos levantar para dar início às rotinas diárias, encontrássemos um corpo diferente e com o qual teríamos de lutar para conseguir que ele nos oferecesse a agilidade e mobilidade habituais? Continuaríamos a ser os mesmos?
Nesta semana do Juízo Final proponho-vos o seguinte:
De tudo o que está à nossa volta o que seria pior de perder?
Por perder entenda-se qualquer coisa ou pessoa ou situação que mudasse, ficasse diferente daquilo que conhecemos. Obviamente que oferecemos à pergunta uma conotação negativa, que envolve sofrimento, mas não terá de ser assim. As coisas podem simplesmente mudar e darem-nos a oportunidade de verificar que já não nos serviam. Ao verificarmos isso, abrimos uma nova porta na nossa vida para que a Magia possa actuar.
O funcionamento do Universo é ainda um enigma para nós, mas uma coisa é certa, quanto menos resistência oferecermos às mudanças mais fácil fica a Caminhada!
Façamos então uma pequena (não precisa de ser muito grande) introspecção, apenas nos dediquemos à pergunta. Façamo-la no início do dia e no fim, as respostas podem vir nas mais variadas formas!
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