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O poder do mental na Libertação

Esta semana que passou andei um pouco ausente do exterior, de facto mergulhei dentro de mim, mas isso provocou-me um mal-estar estranho. Durante a semana houve momentos em que uma conversa do fim-de-semana me veio à mente. Recentemente, na chegada da Primavera propriamente, cortei o cabelo e uma mulher que eu já não via há algum tempo ficou surpreendida, diga-se que é alguém com quem estou muito poucas vezes e que nada sabe de mim pois não somos amigas, apenas nos encontramos num grupo de amigos em comum. Essa mulher disse-me que gostava mais de me ver de cabelo comprido, até aí tudo bem pois tem direito à sua opinião, mesmo se não foi pedida, mas quando lhe respondi que eu gostava mais de cabelo curto, que sentia que esse aspecto tinha mais a ver comigo, responde-me "Não Acho nada! Aquele cabelo é o teu estilo, está mais de acordo com o que és!" Esta parte do seu comentário foi tão absurda que eu fiquei transparente e fiz uma daquelas minhas caretas, quem me conhece sabe do que falo, que ela não teve solução senão dizer "Mas se calhar sou eu que estou errada?" "Se calhar!" respondi-lhe eu. No fim-de-semana não senti que isto me tivesse afectado, mas durante a semana muitas vezes isto me veio à cabeça.

Pensando que é algo que me perturbou fui obrigada a reflectir no porquê de permitir que aquele comentário, vindo de alguém que me é indiferente, isto é, de quem a opinião não tenho muita conta, porque me senti eu assim?
Há algo que me incomoda e sempre incomodou, talvez venha o dia em que isso me seja neutro, mas enquanto não o é tenho de aprender a lidar com isso. Peço vos para me acompanharem neste delírio e no fim, se quiserem, deixem a vossa anotação.

Porque razão temos esse instinto de rotular tudo e de achar algo sobre tudo? Será assim tão difícil manter a mente aberta para que as coisas se revelem como elas verdadeiramente são?
Em cabala aprendi que o mental é um dos primeiros agentes na co-criação da realidade em que vivemos, assim, quando fazemos tantos a prioris sobre os outros estamos a condicionar a sua liberdade de escolher quem e o que querem ser. Será difícil de compreender isso?
Ontem à noite estava a ver um filme dos anos 60 japonês, onde a personagem principal tinha sido condenada à morte, mas por alguma razão estranha não morreu na execução. Depois de longos desvairos onde os executores o tentam convencer de que ele é a pessoa que eles têm de matar, chega ao fim e conclui que ele já não é a pessoa que cometeu os crimes pelos quais está a ser condenado e que, por isso, não deve ser novamente enforcado. Mas todos os outros o querem ver como ele era para que seja tudo mais simples e o possam executar mais uma vez. Imagina as justificações que teriam de dar por não o terem morto? E se isso voltasse a acontecer?
Quantas vezes ao dia fazemos isso? Por exemplo quando compramos uma prenda para alguém já estamos a imaginar a reacção da pessoa a essa nossa oferta? Porquê? Porque não apenas comprar a prenda porque gostamos dela e esperamos que o outro goste também, quantas vezes já vi caras decepcionadas pela minha reacção às prendas, não posso evitar fico neutra pois sinto sempre que estão à espera de uma reacção formatada e eu recuso-me a isso. Claro, isto traz inconvenientes, sou rotulada de mal-educada por uns e interrogado até à exaustão por outros se gostei mesmo. Não há receitas, apenas devemos agir de acordo com o nosso coração e esse é diferente em cada ser.

Voltemos então ao início. Que segurança ilusória nos dá achar que conhecemos os outros e sabemos o que eles irão fazer? Que sentimento de poder temos quando alguém age da forma que esperávamos?
Podemos sempre pensar que os outros não tem consciência do que estão a fazer, que ao esperar uma reacção não sabem que estão a limitar essa alma a uma acção imposta pela sua vontade, mas eu não acredito nisso. Pode não haver a informação activa no mental, mas o emocional sabe perfeitamente o que está a fazer, só que em alguns casos esconde-se por trás de sentimentos como o Amor. Não acredito que aquela mulher me tenha dito aquilo para me limitar as minhas acções, mas creio que os seus sentimentos sabiam perfeitamente o que estavam a fazer, que as suas razões emocionais estão lá, escondidas talvez, mas estão lá!
Quanto a mim, e por este ser um tema que me fala muito, já fiz a minha auto análise para ver em que situações eu ajo assim, sim porque aqui não há santos, todos fazemos coisas erradas e quando uma das outras pessoas nos irrita dessa forma é porque está a espelhar algo que existe em mim, mas que eu prefiro ignorar.
Posto isso, devo dizer que ainda não consegui evitar que em certas alturas isso venha ao de cimo, por exemplo ver alguém a ter uma atitude que não corresponde à pessoa que eu conheço, rotulo imediatamente, não coloco a hipótese de que essa pessoa mudou e eu não conheço essa sua faceta, claro há casos e casos. Há casos em que já presenciei mentiras e não apenas uma questão de perspectiva diferente de acontecimentos, ouvir alguém dizer que fez isto ou aquilo quando sabemos perfeitamente por essa mesma pessoa que não o fez ou que fez isto e aquilo quando foi outra pessoa que o fez, isto é mentir, não questões de visão pessoal. Quando isto me acontece a única forma que tenho de resolver o assunto é sair de cena, evito estar com essa pessoa para lhe dar a liberdade de se tornar em quem quer ser. Passado algum tempo volto a estar com a pessoa e descubro então quem ela é. Acho que esta forma de agir é a melhor que encontrei, pois não preciso de viver sentimentos controversos, de despertar emoções contraditórias em mim e ofereço a liberdade, tão importante neste caminho de auto descoberta, aos outros.

E vós, que achais? Sentem estas coisas que vos contei? Fazem isso com os outros? Sentem que os outros vos fazem isso? Agem como eu ou enfrentam a situação e chamam as coisas pelo que elas são?
Confesso que pela primeira vez estou com muita curiosidade perante as vossas anotações. Sinto que tenho muito para aprender sobre este assunto e só por isso agradeço àquela mulher que achou algo sobre o meu novo look!

Comentários

  1. Querida Shinita (hihihihi),

    Infelizmente acho que é uma tendência geral. Os outros tratam de nos rotular e sentir que nos conhecem o suficiente e nós muitas vezes acabamos por fazer o mesmo. Eu não gosto quando reparo que o fazem comigo mas depois apercebo-me que também eu cometo alguns erros nesse aspecto. Bem tento lutar contra isso mas fico afectada por sentir que há quem pura e simplesmente não se aperceba que foi inconveniente.
    Recentemente senti-me triste com alguns comentários de pessoas próximas (sobre o blogue e outros aspectos relacionados com a minha vida aqui no Norte).
    O que eu fiz? Também saí de cena. Não sou capaz de enfrentar as pessoas. Depois acalmei ao pensar que tudo se resume ao facto de não me conhecerem. Daí tiro lições para que também eu não cometa estes erros (e para tal, mais vale começar por não as rotular também). No fundo acho que é uma atitude próxima da que descreves - oferecer a liberdade.

    PS - sou muito pecadora no que concerne às reacções que espero quando ofereço prendas (sobretudo quando se trata de pessoas muito próximas). Mea culpa. Vou pensar nas tuas palavras da próxima vez que oferecer algo a alguém.

    Um beijo docinho no meu doce.

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  2. Excelente texto e profunda reflexão.

    Vou comentar com a característica de já rondar os 60. (Faltam vinte e poucos dias).

    Desde que me recordo as pessoas sempre fizeram isso. A maioria das vezes nem sequer é com maldade ou de forma intencional. Fazemos isso porque não nos enxergamos, digo eu, sem certeza de nada. Falamos por falar.

    Agora, vou puxar para a astrologia - como podemos cuidar desses assuntos em nós mesmos? Neste exemplo do cabelo, por exemplo, conviria trabalhar o estado cósmico da sua Vénus.

    O que é que a sua Vénus me diz, desconhecendo eu o seu mapa?

    Olhando exclusivamente para o seu blogue: é uma Vénus com uma enorme dose de equilíbrio, em que o bom gosto é apurado, nada banal, que tem noção do seu próprio conceito de beleza muito apurado e, talvez por isso, não aprecia 'interferências' (como a da pessoa que comentou o corte de cabelo). É uma Vénus com iniciativa, capaz de um sentido estético acolhedor e hospitaleiro (agora são livros, mas antes era a natureza verde), mas também algo tradicionalista e nada, mas mesmo nada minimalista. Poderia continuar mas creio que o essencial está definido.

    A seguir poderia entrar em outras questões, mas fiquemos por aqui.

    «Aceitação», será a palavra-chave? Não tenho a certeza.

    Gostei muito do texto.

    Beijo

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  3. "quando uma das outras pessoas nos irrita dessa forma é porque está a espelhar algo que existe em mim, mas que eu prefiro ignorar"
    Desculpa retirar uma das tuas frases, mas é sem dúvida aquela que mais me tocou. Aliás, foi uma ajuda preciosa para o meu dia de hoje e provavelmente para identificar um mal estar interior que carrego há já uns dias :) Foi o apontar de direcção que eu precisava!
    Obrigada!!
    Identifico-me muito com o que escreveste, ou seja, com essa forma de estar e viver, sem criar expectativas e sem limitar a liberdade, minha e dos outros. Também já passei alguns dissabores como ser considerada desligada, mal-educada, desinteressada...contudo para mim é uma questão de respeito e amor...pelos outros e por mim. Por outro lado não é fácil, admito. Quantas vezes julgo os outros? Quantas vezes os rotulo? Em que situações? Cada vez mais estou atenta e dou por elas mal as faço, então tento parar e analisar o que se passou ali...
    Como quando me sinto magoada pela reacção ou algo que os outros fazem ou não fazem :) mas hoje já são situações que se repetem menos...hoje entendo que toda uma fase muito complicada da minha vida, em que fui sucessivamente julgada e rotulada, teve a sua razão de ser...eu fazia o mesmo. E não era por maldade, era algo quase inato, as pessoas agem assim sem terem consciência disso mesmo. Contudo na altura eu revoltava-me, e achava que era chamando as coisas pelos nomee e enfrentando tudo e todos que conseguia algo positivo...nem 8 nem 80. Hoje penso que há situações que têm de ser resolvidas de imediato, têm que ser enfrentadas. Não posso ser conivente com, por exemplo, situações que causem dor a terceiros, prepositadamente e de forma cruel. Para mim seria o mesmo que ser cumplice.
    Fora casos extremos, nos quais estou firme do lado em que estou e porque lá estou; tento ao máximo não "intreferir", tal como gosto que não "intrefiram" comigo.
    bjos meus

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  4. Shin Tau

    Conheceste-me o suficiente para saber a minha resposta à questão que deixaste: é claro que confrontava! Não com zanga, com irritação ou com a mesma petulância que usuaram comigo. A minha reacção seria perguntar" em que sustentas essa afirmação? O que te leva a dizer que eu gosto mais de me ver com o cabelo comprido?" E aguardaria a resposta. Com naturalidade expor a verdade. Levaro outro a questionar a origem das suas conclusões sobre mim e questinoar-me também a mim.Porque talves até haja fundamento para ela pensar aquilo que pensa acerca do que gosto ou não gosto, quero ou quero.

    A responsabilidade é nossa que a maior parte das vezes não nos mostramos sinceramente, então as pessoas não nos conhecem sinceramente, mas apenas aquilo que quisemos que conhecessem. Não podemos depois ficar aborrecidos com isso.

    Quanto à segunda questão, a da arrumação. Parece-me que esta necessidade de catalogar as coisas e as pessoas deve vir dos tempos em que necessitámos de sair da nossa aldeia em busca de alimento, com as trocar comerciais. Foi preciso cuidado no trato com culturas diferentes para não ficarmos sem cabeça, no mínimo, ou desencadear uma guerra.Precisámos de arrumar as pessoas num primeiro momento de acordo com a sua origema que estariam associadas determinadas características e depois alargamos a tudo e pr isso hoje se é alentejano é claro que és lento; se és advogado és ladrão, se és professoras fumas certamente.

    Todos fazemos isto. A nossa espontaneidade foi o preço que pagámos para viver mais pacificamente uns com outros. depois veio o fingimento para evitar chatices, o politicamente correcto como hje em dia se diz.

    Da minha parte sabes que sou como sou e sou assim para todos. Não pretendo mudar a minha honestidade mesmo que uma vez por outra "crie confusão" lol I rest my case

    Kisses my love
    IdoMind

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  5. Primeiro que tudo é de louvar essa consciência que tem ao perceber que tão pequeno acontecimente e aparentemente insignificante, lhe aconteceu por um motivo e que isso requer reflexão.

    Eu acho que esta questão tem várias vertentes a de depender da reacção dos outros em determinada acção, o ter coragem para mudar e perceber que as estruturas antigas serão quebradas, o que vai fazer com que os outros estranhem a nossa atitude e com isto tudo evoluirmos ao ponto de sermos nós próprios no meio de uma sociedade, em que mal ou bem nos temos de inserir.

    Em relação à dependência que temos da reacção dos outros, acho que está essencialmente ligada à procura incessante de felicidade fora de nós...pura carência. Por isso que as pessoas criam tanta ilusão e expectativa qd dão um presente...porque a reacção a felicidade da outra pessoa, vai significar a sua propria felicidade...a pessoa fica contente por ter acertado e por ter deixado o outro feliz. Qd isso não acontece vem a pura desilusão...e como continuam a focar fora, em vez de perceberem que temos reacções muito diferentes, pk todos somos diferentes, e que as pessoas tem de ser fieis ás suas emoções, só assim serão verdadeiramente felizes...a culpa será de quem recebe, porque foi mal educado.

    Outro dos pontos é a dificuldade que uma pessoa encara numa fase de transição, de mudança. Mas do meu ponto de vista temos de perceber que a má reacção das pessoas é responsabilidade delas, mas também nossa.
    Ao longo de determinado periodo da nossa vida habituamos as pessoas a determinada figura, somos de um determinado modo, que muitas vezes não é coerente com o que realmente somos, mas é o resultado do que achamos que as pessoas querem que sejamos, ou somos assim para não termos chatices...então somos essa figura por puro medo, e normalmente medo da rejeição, solidão e afins.
    Qd começamos determinada mudança temos de o fazer com a consciência de que alguem vai estranhar, vai julgar...e é ai que reside o motivo para uma evolução...porque vamos enfrentar esse medo de ser julgados, vamos enfrentar todas as criticas que vierem...mas teremos sempre a noção que estamos bem connosco, essa mudança reflecte quem realmente somos...ao contrario da personagem antiga que era mais que condicionada.

    E à medida que vamos aceitando o que somos, aceitando que os outros são bastante diferentes de nós, e que todos temos o direito à mudança porque na vida estamos cada vez mais a obter novos conhecimentos...vamos fazendo o nosso melhor no dia-a-dia, no contacto com as outras pessoas, tentando sempre respeitar o que são, mas principalmente respeitando o que somos.

    No que me diz respeito, sempre que consigo perceber um tipo de comportamento errado, tento colocar consciência e não voltar a repeti-lo. Mas tenho consciência que tudo isto é um processo e que só conseguimos subir degrau a degrau, o que significa que pelo caminho farei alguns erros, mas que vou tentar aprender com eles.

    Abraço de Luz

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  6. Segundo a Fisica Quântica o observador modifica a coisa observada...Ou seja, o olhar que lanças sobre o outro fará com ele seja aquilo que tu queres ver...talvez um reflexo do teu íntimo, ou uma distorção de uma das tuas arestas.Somos como diamantes multifacetados, onde em cada aresta,em cada face,se reflete o outro em momentos e maneiras diferentes...Um grande beijo!

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  7. Marise,

    de facto isso acontece muitas vezes e, como disse, também eu por vezes o faço. O importante é manter mesmo a consciencia do que fazemos para nos podermos corrigir.
    Quanto às prendas rkrkrrkrkrk talvez encontres uma forma boa de fazer isso, esperando uma reacção mas deixando em aberto que pode acontecer de outra maneira ;)

    BEijocas e obrigada pela partilha, foi bom!

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  8. António,

    e eu gostei muito da sua anotação, particularmente de ter levado o assunto para a astrologia.
    Creio também que a chave é aceitação, mas como disse o meu ideal de beleza é muito próprio e nele não entra a falta de consciência do que fazemos aos outros. Aceito que cada um está no seu estado de consciência, mas eu não me posso permitir comungar com acções erradas, acho eu! Por isso, saio de cena, mas ao fazer isso de facto não estou a aceitar, mas a recusar!

    A minha Vénus está em Peixes o que me dá a sensação, sem conhecimento profundo, que eu gosto da novidade, de tudo o que me traga uma visão diferente daquilo que já conheço, assim, se aquele comentário sobre o meu cabelo tivesse sido fundado em algo que não sentimentos maus, creio que teria aceite a interferência. Por exemplo, todas as vossas sugestões sobre o look do blogue são aceites e não vistas como interferências, pois a vossa opinião tem por base a vossa opinião sincera, não me impõe que assim seja, sugerem, partilham. Talvez essa seja a palavra, sugerir e não impor.

    Muito obrigada por ter estado presente neste momento em que precisava de ouvir conselhos sensatos ;)

    Um abraço

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  9. Siala ap Maeve,

    fico muito feliz que aquela frase te tenha levado na direcção que precisavas, é bonito quando isso acontece.

    Quanto ao que partilhaste eu fico com a lição: separar o joio do trigo, nos momentos de real importância ajo, nos outros não. A questão agora é outra: naquele momento aquilo não era importante, a opinião daquela pessoa foi mais ridícula do que outra coisa, mas pelos vistos durante a semana voltou. Será que estava desatenta às minhas emoções e não percebi que foi mais do que julguei à partida? Mais um momento de reflexão para mim.

    Obrigada minha querida, gostei muito da tua anotação

    Um beijo

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  10. IdoMind,

    como respondi anteriormente, não confrontei aquela pessoa pois a sua conversa foi mais ridícula do que outra coisa, não valia a pena gastar a minha energia com aquilo. A minha dúvida agora é, pelos vistos valia!?!

    Quanto ao passarmos a tempo a mostrar apenas aquilo que queremos, conheces-me a cho que sabes que isso não se aplica. Eu sou eu seja onde for, o que traz outro tipo de rótulos, mas concordo contigo em parte.

    Adorei a tua reflexão sobre o porquê de agirmos assim, de facto faz sentido, muito giro!

    Estás sempre a arranjar confusão!!!

    Beijocas e obrigada

    ResponderEliminar
  11. Essencialma,

    :) que bela anotação, que bela pessoa que apareceu no Grimoire. Bem-vinda a esta corrente de Amor!

    Quanto à tua anotação fiquei maravilhada, pois ela contém tudo o que é essêncial e concordo plenamente sem mas nada a acrescentar. Reforço apenas a ideia que de facto quando mudamos a personagem que criámos durante anos, os outrose stranham e muito...mas quando a mudança é real nada nos consegue demover.

    Obrigada pela anotação radiante que deixaste fiquei com pena (dado a sintonia que senti com as tuas palavras) que não me tenhas dado um conselho sobre a minha forma de agir perante essas pessoas que eu sinto que limito e me limitam, ficará para uma próxima talvez!

    Um abraço

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  12. Oi minha doce Bruxinha

    Estava aqui lendo sobre o que se passou contigo. Concordo com voce que as pessoas tem mania de julgar e rotular, infelizmente a grande maioria! Mas por que te tocou tanto? Eu perguntaria a ela porque ela acha que fico melhor de cabelos compridos? Dependendo de sua resposta eu daria a minha de volta gostasse ela ou nao, e sem ser grosseira.

    Nossa mente vive do que ela capta atraves de percepçoes, e essas percepçoes à nivel cerebral sao como realidades. Por isso é tao dificil uma pessoa saber o que é real ou nao.

    Gosto de me colocar no lugar das pessoas para saber porque ela falou isto ou aquilo ou porque reagiu de uma determinada maneira. Sei que usamos "mascaras" do tipo uma com cada pessoa ou um grupo. Se percebe isso quando duas pessoas um homem e uma mulher estao se conhecendo e partindo para uma conquista.

    Aprendi a nao julgar nem rotular a partir da primeira percepçao, porque estou vendo a mascara e nao a pessoa real.

    Esta pessoa que falou do seu cabelo pode ter falado com uma intençao ruim ou ela realmente gostava mais, do ponto de vista dela, de seu cabelo comprido. Simples assim!

    Mas é como voce falou nao temos que dar satisfaçao do que fazemos a ninguem, desde que a gente se sinta bem e segura do que estamos fazendo.

    Quanto as prendas, acho que é um ponto seu que tem que ser policiado, ja que normalmente damos ao outro aquilo que gostamos, nao é uma regra geral, mas é frequente, entao sua demonstraçao de decepçao pode constranger a pessoa que te deu a prenda com a melhor das intençoes.
    Use sua mascara de "menina que esta recebendo uma prenda e mesmo que nao tenha gostado, agradece com um sorriso nos labios", principalmente se sentiu que foi dado com amor.

    Em algumas ocasioes precisamos aprender a usar a "mascara" certa e isso requer muito consciencia de si mesma e dos outros. Tarefa árdua e nao muito fácil, mas com o tempo e pratica vamos nos aperfeiçoando.

    Minha querida quero deixar claro que "mascara" nao tem um sentido ruim, os xamãs as usam muito bem e a dominam de tal maneira que eles conseguem se passar por um mendigo porque eles ja sabem dominar a pratica, ou por invisiveis quando nao querem ser notados. Eu, particularmente, gosto muito de ficar invisivel em algumas situaçoes, mas so cheguei ate ai, ainda tenho muito que aprender... rsrsrs

    Espero ter ajudado :)

    Beijinhos querida amiga Bruxinha/Fadinha

    )0(

    ResponderEliminar
  13. Olá Shin Tau

    Uma descida aos recondidos da alma que todos temos de fazer.
    Eu tenho estado como a Shin Tau costuma dizer em estado de Ermita, tabem a reflectir sobre algumas coisas. E depois de reler um dos últimos textos do Krishnamurti que coloquei em post em que ele falava da facilidade com que rotulamos os outros e dessa maneira os podemos influenciar, tive de parar para mudar algumas das minhas atitudes.
    Tal como você eu tambem procuro entender a razão das coisas, procuro melhorar enquanto pessoa no Caminho mas tem alturas em que o meu coração se sente muito pequeno ao olhar a imensidade do que ainda falta percorrer.
    Lindo texto

    Saudações

    O Viajante


    PS. Shin Tau de cabelo curto...deve estar muito interessante

    ResponderEliminar
  14. Olá!

    Tenho muito prazer em andar por aqui, e ter a oportunidade de partilhar este tipo de ideias...acho muito boa essa iniciativa.

    Quanto ao conselho, há uma coisa que aprendi nunca dar conselhos, porque a minha lógica não serve de todo para os outros, como a dos outros não serve para mim.
    Serás tu que tens de descobrir como a tua pessoa irá agir perante isso.

    Mas o que posso dizer é que a ideia é perceber o "porque" te sentes limitada...o que sentes nessas situações, pois foi por isso que ela te aconteceu...
    E o importante nessa situação é ires buscar ao fundo do teu ser o que és e agir de acordo com isso, sendo que também é importante que a outra pessoa perceba a tua perspectiva.
    É expor a tua ideia mas com amor.

    No que diz respeito a limitar os outros, acho que o primeiro passo já deste...que é ter consciência. De resto é a cada vez que isso acontece ter consciência, e tentar não o fazer da proxima, sendo que a mudança é um processo...há vezes que o voltamos a fazer e só a seguir temos percepção disso...
    Faz parte do caminho, fazer apenas o que vamos sendo capazes, com o objectivo de um dia não o fazermos mais.

    Beijinhos...e muito obrigado pela recepção no teu blog

    ResponderEliminar
  15. Caillean,

    meu doce adorei a partilha das máscaras. Não as sei usar pois sempre achei máscara uma palavra que significava representar papéis, não ser verdadeira! MAs hoje percebo melhor que no xamanismo usar máscara é ligar-se a outro tipo de energia, como se fosse shape shifter. Eternamente grata!!!

    Quanto ao resto, não foi o comentário em particular, mas essa forma de actuarmos que me incomoda, tira-me do sério a falta de consciência no que fazemos, como sou exigente para mim sou o também para os outros. Em breve farei uma partilha com tudo o que ainda me incomoda rrkrkrkrkrkrkrk vai ser longa!!!

    :***

    ResponderEliminar
  16. Viajante,

    talvez não seja o melhor momento para lhe dizer isto, talvez devesse fazê-lo em particular mas apetece-me fazê-lo aqui e agora.

    O meu coração fica triste quando o oiço dizer que há uma imensidade que falta percorrer. Sinto sempre que não se vê como eu o vejo e tenho pena pois o Homem que eu vejo(presunção, bem sei!) é forte, vive as suas escolhas com consciência tranquila, tem um coração do tamanho do Universo e nunca se recusa a nada, seja a luta que for. Perante esta imagem que tenho de si, só lhe posso dizer, pode haver uma imensidade à frente, mas muito maior é a imensidade que está para trás.

    Curioso esta conversa decorrer num post em que se fala da imagem que os outros têm de nós e como isso nos pode influenciar. Lamento se o influenciar de forma que não seja positiva para si, mas é de facto assim que o vejo, mesmo se tenho consciência que esta é apenas a forma como eu conheço o Viajante.

    Resta-me apenas dizer-lhe que todos nós temos muito para percorrer ainda, para mi´m, aí reside a beleza do caminho, daber que ainda há muito para fazer!

    Agora sinto-me uma palerma por ter escrito tudo isto, mas é uma vontade do meu coração e por isso ficará. Se achar que é de mais, pode pedir que apago!

    Um beijo grande Homem!

    ResponderEliminar
  17. Essencialma,

    obrigada por teres voltado e dado continuidade ao assunto.
    As tuas palavras foram mais uma vez no alvo! Falaste-me ao coração e ele reagiu!
    Também aceito qe agi o melhor que pude e já disse antes que nada teve a ver com este assunto em particular, o comentário só trouxe ao de cimo algo que me incomoda sempre, a falta de consciência no que fazemos, enfim, aceitar cada um como é nem sempre é fácil, pois muitas vezes essa forma de ser interfere com a nossa.
    Acho que o terabalho foi feito, de nó em nó lá cheguei! PAra mim, ascendente em caranguejo, este é sempre um processo doloroso, trago todo o passado à tona rkrkrkrkrk!

    Enfim...coisas minhas. A ti só posso agradecer pelas tuas palavras tão sábias.
    Ah e desculpa pois quando vi o teu perfil, (ainda não tive oportunidade de ir ao teu blogue) pensei que não poderia ser verdade, esta maturidade não poderia ser de uma rapariga de 24 anos :) desculpa, de facto, há um caminho grande para percorrer!

    Uma beijoca grande

    ResponderEliminar
  18. 1 - Estejamos bem conosco mesmo.
    2 - Cuidar da própria vida e deixar a dos outros.
    3 - Não perder a paciência diante da ignorância do outro.
    4 - De mulher para mulher eu não meto a colher (rsrs... não resistí).

    Olha... concordo perfeitamente que todos devemos ser livres para fazermos nossas escolhas. Só que não estamos livres das críticas, pois vivemos numa democracia.

    Não deixe-se irritar e não repudie a crítica.

    Combata com inteligência esse tipo de crítica. De uma forma que a pessoa não tenha mais essa liberdade com você.

    Direto do Brasil.
    Beijo.

    ResponderEliminar
  19. Léo,

    confesso que me é particularmente difícil de respeitar a 3 quando essa ignorância interfere comigo. Quando alguém cria uma realidade para mim que eu não desejo por pura ignorância, não posso aceitar!

    Aco que passei mesmo a ideia errada, não foi a crítica ou o comentário que me desarmonizaram, são as atitudes constantes que temos ao longo do dia e que interferimos com os outros nisso. Enfim, este Mercúrio retrógado faz destas coisas. Depois falamos no MSN e explico-te melhor.

    Beijoca

    ResponderEliminar
  20. António,

    descobri que a minha Vénus está em quadratura Ascendente até amanhã, terá sido tudo proporcionado por esta conjuntura?!?

    Beijocas e ontem foi mias um sucesso

    ResponderEliminar
  21. Shin Tau, por mim podes ate estar careca :-) Eu aprecio carecas e cabeludos, rastas nem por isso, mas se usares um chapeu giro... :-)) Eu percebo do que estas a falar. Saltei os comentarios anteriores todos para nao saber o que te disseram. Epa sou tao curiosa... Deixas-me fazer o teu mapa astral? Eu ja passei por tanta coisa no meu relacionamento com pessoas (com animais eh um paraiso) que estou a especializar-me :-) Aceitas? Se for sim, envia-me os dados para o meu email e ja agora o teu nome completo, etc, etc. E agora vou beber um ChocoKid para nao ficar a pensar se aceitas ou nao.
    Bom fim de semana e beijos**de Fada

    ResponderEliminar
  22. Fada

    obrigada pelas palavras, de facto o cabelo para mim não é importante, isto foi apenas a energia exterior necessária para compreender algo muito mais profundo.
    Quanto ao resto...já está! Vamos ver o que há para aí, uma ajudinha é sempre bem-vinda!

    Beijocas

    ResponderEliminar

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No último texto de Cabala falámos sobre Kether e dissemos que para esta esfera e as suas qualidades se manifestarem teria de haver a forma e a acção. Assim é a razão pela qual estas duas esferas se manifestaram: Chockmah, a Sabedoria, foi a força que saiu da Coroa, foi o impulso da criação, o instinto divino, representa o Pai na sua capacidade criadora, o fogo, o masculino, e Binah, o Entendimento, é a forma da criação, é o campo necessário para que a criação se realize, é a Mãe, o feminino. É necessário falar destas duas esferas em conjunto, mais do que as outras, por elas serem os opostos, por elas comporem a tríade divina, o triângulo superior de onde descemos para integrar esta vida. Kether dividiu-se nas suas duas polaridades, a sua energia andrógina deu origem aos opostos e assim se criou o princípio masculino e o princípio feminino. Primeiro foi Chockmah que surgiu no seu ímpeto de criar, aqui ficaram reunidas toda a Força e Acção, esta esfera encerra em si toda a Sabedoria...

A Torre e o Pajem de Espadas

A semana que terminou esteve a ser influenciada pela energia da Torre. Espero que o raio divino não tenha sido muito severo, por estas bandas as coisas correram de forma fluída e não houve grandes catástrofes. Contudo, o registo de hoje serve para reflectir sobre um insólito desta semana. Nunca tal me havia acontecido, durante 4 dias consecutivos a energia do dia foi o Pajem de Espadas. Quando na 4.ª feira saiu, meditei e avancei. Na 5.ª a mesma coisa, mas até aí nada de estranho, é comum acontecer sair dois dias seguidos a mesma carta. Na 6.ª outra vez e aí registei o insólito, mas foi só mesmo quando no sábado me voltou a sair o Pajem de Espadas que parei e pensei: «Isto não é normal!» Ora pois então vamos lá ver o que nos diz este Pajem na semana da Torre. Go your own road  by ~alltelleringet O naipe de Espadas está relacionado com o Ar, portanto a nossa expressão. Sendo o Pajem a primeira figura da corte representa o aspecto mais denso, a Terra. Desta forma o Paj...