Tenho medo de perder a maravilha
de teus olhos de estátua e aquele acento
que de noite me imprime em plena face
de teu alento a solitária rosa.
Tenho pena de ser nesta ribeira
tronco sem ramos; e o que mais eu sinto
é não ter a flor, polpa, ou argila
para o gusano do meu sofrimento.
Se és o tesouro meu que oculto tenho
se és minha cruz e minha dor molhada,
se de teu senhorio sou o cão,
não me deixes perder o que ganhei
e as águas decora de teu rio
com as folhas do meu outono esquivo.
de teus olhos de estátua e aquele acento
que de noite me imprime em plena face
de teu alento a solitária rosa.
Tenho pena de ser nesta ribeira
tronco sem ramos; e o que mais eu sinto
é não ter a flor, polpa, ou argila
para o gusano do meu sofrimento.
Se és o tesouro meu que oculto tenho
se és minha cruz e minha dor molhada,
se de teu senhorio sou o cão,
não me deixes perder o que ganhei
e as águas decora de teu rio
com as folhas do meu outono esquivo.
Federico García Lorca, in Poemas Esparsos
Na segunda hora de Lua do dia de Vénus, S. Quirino, S. Pedro de Verona, S. Francisco Caraciola, S. Clotilde
Shin
ResponderEliminarBrutal!
O poema, a foto, o sentimento neste post.
O medo de perder pode ser inspirador...
;)
Ido
ResponderEliminaré sempre importante "lutar" pelo que queremos! E lutar quer dizer todos aqueles conselhos que me deste no jacuzzi e eu odiei LOL agora mais friamente compreendo tudo!
Luto por mim, pelas minhas acções mais correctas possíveis!
Beijocas e bom fim-de-semana