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Mensagens

A mostrar mensagens de dezembro, 2010

2011 o ano do Dependurado

Esperava uma energia mais animada para este ano que se inicia, mas as coisas nem sempre são como desejamos.  Foi com alguma resignação que aceitei esta energia como sendo a regente de 2011, poderia ter ido pelo mais simples e numericamente escolhido a carta do Imperador (2+1+1) ou a da Morte (2+11), mas optei por me concentrar e tirar uma carta para este ano...saiu a 12 - O Dependurado. Assim seja!  A experiência é uma lanterna dependurada nas costas que apenas ilumina o caminho já percorrido. Confúcio 2011 parece poder vir a ser ou a continuar a ser um ano de sacrifícios. Porém, estes sacrifícios serão aceites de forma diferente, mesmo que sejam impostos, cada um de nós compreenderá melhor o motivo pelo qual o faz e aceitá-lo-á mais facilmente. Como diz Saint-Exupéry: Sacrifício não significa nem amputação nem penitência. (...) Ele é uma oferta de nós próprios ao Ser a que recorremos. Talvez, no meio dessa situação, venhamos a conseguir compreender os paradoxos da ...

Do Isolamento À Libertação

Alegria tinha saído um bocado da sua reclusão,  decidira que devia ir espreitar o céu de Inverno que se aproximava. Subiu até uma pequena ermida que se encontrava no topo daquele monte, apercebeu-se, então, que a caverna onde habitava estava exactamente por baixo daquele lugar sagrado.  Ao longe começou a ver a silhueta de um cavaleiro que se aproximava. Alegria ficou um pouco impaciente, mas imediatamente associou a sua saída com aquele encontro, teria de ser importante.  «Bem-vindo Cavaleiro a esta terra onde as formas mudam e os reflexos não são sempre o que parecem. Para conseguires passar por aqui dever-te-ás perguntar: O que é real numa terra de falsas aparências?» Na mente do Cavaleiro uma mancha negra formou-se e ele recebeu uma imagem que não foi capaz de partilhar.  «Sou um Cavaleiro de um Reino perdido, mas, não sabendo bem porquê, sinto que nunca serei outra coisa senão cavaleiro. Sou o último dos meus irmão, nem a Morte me levou.» Alegria ...

E passou o Natal

Meus queridos obrigada a todos pelos desejos aqui deixados e no mail também. O Natal foi um sucesso, conseguimos mudar as tradições e combater a energia de Mercúrio retrógrado. Espero que a vossa festa tenha também sido uma alegria, no seio de quem amam e com o coração a ficar repleto de calor. Hoje tentarei colocar em dia as lições semanais que estão em atraso deste mês de Dezembro muito preenchido. A Força, O Louco, A Estrela e, nesta semana final de ano, O Mago! Que melhor energia para o fim do ano poderíamos desejar?!? O Mago oferece-nos um número ilimitado de possibilidades, uma carga energética para começarmos ou terminarmos o que estava por concluir, uma força que vem de cima e de dentro para conseguirmos usar todas as nossas potencialidades. Sim, é assim tão bom! Como energia sonora trago uma banda que nunca partilhei T he Cave Singers com a música Dancing On Our Graves , espero que gostem e que vos dê a pica necessária para agir! Com estas energias podemos ...

Noite Feliz

Desejo a todos os que acompanham o Grimoire , ao amigos conhecidos e por conhecer, aos faladores e silenciosos, aos participativos e aos misteriosos, a todos os que abrem esta caixa mágica e por ela se deixam tocar e os que não, desejo uma noite em pleno, um Natal muito feliz. Que desde a mente do Criador desça a Luz até à mente dos Homens. Que desde o coração do Criados desça o Amor ao coração dos Homens. Que a Estrela nos guie. Assim seja! Na primeira hora de Marte do dia de Vénus, S. Gregório, S. Delfim

Ritual de Solstício de Inverno

- As Energias adormecidas vão despertar e aumentar com a força do Amor, enquanto farão avançar a Roda da Vida. A noite fria aguarda a chegada da aurora, anunciadora do novo Sol que ajudará a Grande Mãe a fazer ressurgir a Vida guardada no seu ventre. De novo as trevas darão lugar à Luz e as Energias Telúricas se manifestarão no nosso Plano. O novo ciclo começou.   Na primeira  hora de Lua do dia de Mercúrio, S. Honorato, S. Flamiano, S. Filadelfo

Solstício de Inverno

Em fase de limpezas, fim de ano é sempre um momento em grande para renovar os utensílios mágicos. Passar a lixa nas varinhas, lavar as taças e os cálices, polir o altar e renovar o sal e a água! Muito trabalhinho e tão pouco tempo disponível... Será que ainda vou conseguir aparar a relva??? Acho que vou ter de chamar o jardineiro!!! Na primeira hora de Vénus do dia de Marte, S. Tomé, S. Pedro Canísio

Little Star

Depois de muitas saudades mortas, almas recuperadas e trabalhado a rodes, chega finalmente o momento de algum descanso e que melhor do que a energia da Estrela para nos banhar nesta semana cheia de festas?!? As palavras da Estrela são de conforto e de reconhecimento, lembremo-nos sempre delas: Assim como o coração da estrela eu ofereço a prenda do conhecimento interior. Dentro de ti também há um profundo conhecimento de natureza ancestral. Pega numa qualquer pedra e descobre a história do teu planeta lá contida. Tu és feito da mesma matéria que as estrelas, cheio de potencialidade de vida! Desejo a todos um despertar belo, que a alegria desta época encha os nossos corações de emoções e que saibamos como as gerir da melhor forma.  Inspirada pela festa deixo-vos com duas músicas natalícias que gosto particularmente, gostava que ambas fossem cantadas por Aimee Mann, mas, mais uma vez, Y ou're A Mean One, Mr Grinch não o será, fiquemos com Frosty The Snowman p...

The Seeker

A encher a barriga de coisas boas e alma de Amor. Para esta semana temos o Louco como energia e ....porque não? É isso mesmo, vamos fazer loucuras! Eu estou e tu? A energia sonora The Who? e uma surpresa no final! 'Bora lá contrariar este Mercúrio retrógrado em Capricórnio e sair da linha!!! Com estes macarons eu estou mesmo a sair da linha... :* Na terceira hora de Mercúrio do dia de Marte, S. Agnelo, S. João da Cruz, S. Espiridião, S. Nicásio, S. Fortunato

Finalmente é hoje!!!

...e o tempo está mesmo bom para isso. Nevoeiro e chuva miudinha!!!! Ai Sebastião é hoje!!! Na primeira hora de Saturno do dia de Sol, S. Justino, S. Joana de Chantal

Noite De Saudade

A Noite vem poisando devagar Sobre a Terra, que inunda de amargura ... E nem sequer a bênção do luar A quis tornar divinamente pura ... Ninguém vem atrás dela a acompanhar A sua dor que é cheia de tortura ... E eu oiço a Noite imensa soluçar! E eu oiço soluçar a Noite escura! Por que és assim tão escura, assim tão triste?! É que, talvez, ó Noite, em ti existe Uma Saudade igual à que eu contenho! Saudade que eu sei donde me vem ... Talvez de ti, ó Noite! ... Ou de ninguém! ... Que eu nunca sei quem sou, nem o que tenho!! Florbela Espanca, i n Livro de Mágoas Na terceira hora de Marte do dia de Saturno, S. Dâmaso, S. Franco

Cupressus sempervirens

O cipreste Cupressus sempervirens , também vulgarmente conhecido como cipreste-comum, cedro-bastardo, ou cipreste-de-Itália, é uma árvore que pode atingir os 30 metros de altura e que na Península Ibérica geralmente não ultrapassa os 20 metros. A forma da copa é variável podendo ser globosa, cónica, irregular, etc., ainda que a mais vulgar seja a de aspecto estreito e compacto, que alguns autores designam por piramidal.  O cipreste é em geral uma árvore de intensa cor verde. O ritidoma é acinzentado e finamente estriado. As folhas têm um comprimento compreendido entre o 0,5 e 1 milímetro e são opostas de cor verde-escura. As infrutescências, pinhas, têm uma forma globosa elíptica, com o comprimento compreendido entre os 24 e os 43 milímetros e com 8 a 14 escamas. Os frutos originam um número entre as 8 e 20 sementes por escama fértil. As pinhas são deiscentes e podem abrir-se no fim do Outono ou abrem-se poucos anos depois de alcançar a maturação.  O cipreste é espontâneo na r...

Alquimia

A alquimia procura agir sobre as energias primordiais da Vida de forma a purificá-las e a obter a sua potência original. A sua prática conduz a um conhecimento íntimo da Natureza visível e das suas energias invisíveis, Vida e Consciência.  Esse conhecimento torna acessível ao Homem uma transmutação, uma regeneração iniciática. Depois e só então lhe é aberta a via das transmutações materiais. Jean Dubuis Para o Mago é fundamental o conhecimento da alquimia, essa Arte Antiga de profunda sabedoria que nos abre as portas à integração de tudo no todo. É o reconhecimento da matéria que nos leva à reflexão sobre o que está em cima ser igual ao que está em baixo. Está na altura de começar o meu herbário. Até ao fim de Dezembro é altura para repouso, não devemos apanhar nenhuma erva. Porém, é uma excelente altura para fazer o inventário das ervas que nos faltam para preparar o novo ano. Está na hora de ir para a Serra e mergulhar profundamente no ventre da Mãe, conhecer as plantas e marca...

Concepção

Na Segunda hora de Mercúrio do dia de Mercúrio, Nossa Senhora da Conceição, S. Românico

O Hierofante andou a trabalhar na escuridão do mês de Novembro

Ora e sabem que mais este mês de Novembro infindável em aventuras e desventuras teve como energia oculta, aquela que esteve a ser trabalhada nos fornos alquímicos do nosso ser, o Hierofante, o Sumo Sacerdote, o Papa! Ao que parece todas os incidentes deste mês servirão para nos levar ao encontro do nosso Mestre, aquele que habita dentro de nós ou aquele que está fora de nós. Aqui cada um saberá qual foi a sua resposta. Andamos de Amante em Amante e encontrámos a Morte. Escolhemos ao que parece de forma errada e foi preciso morrer algo dentro de nós para voltarmos ao trilho da nossa Jornada Heróica pessoal. Encontrámo-nos com o Carro. Finalmente, para o nosso bem, demos de caras com o Eremita e aí tudo mudou.  Resta-nos, então, recordar que sempre, mas sempre mesmo, tudo acontece para o nosso bem. Quando o bem vem através de experiências dolorosas, é preciso parar e reflectir no que andamos a enviar para o mundo para cocriar a nossa vida. Seja bem-vindo o Hie...

In Pace - Finis

Finis de William Hogarth Declaro-me aposentado. Terminei. Ponto final. Resta-me o céu estrelado E as rosas do meu quintal. Subi a montanha escura Da Vida... Enorme ascensão: Uns quatro metros d’altura Acima do rés-do-chão. Lançando um olhar profundo Dessa altura sobre-humana, Vi quanto é pequeno o mundo E grande a miséria humana Vi a Traição e a Cobiça Fazendo festins reais No corpo nu da Justiça, Às portas dos tribunais. Belo como um Lacoonte, Vi um titã nas galés: Trazia a aurora na fronte E uma grilheta nos pés. Cheio de dor e respeito, Vendo esse herói, perguntei: - Qual o teu nome? – O Direito. - Qual o teu carrasco? – A Lei. Perante o pobre e o humilde, Vi sempre o Deus Sabaoth Mandar mais oiro a Rotschild, Mandar mais esterco a Job. Vi que a história, um sonho breve, Na noite imensa e voraz, Se é tácito quem a escreve, É Tibério quem a faz. Vi que o “rei da criação” Foi, antes de ser o que é, Lodo, esponja, tubarão, Réptil, condor, chi...

Com' uma Força!!!

Depois de uma semana tão intensa em interiorização e recolhimento, chega-nos a Força para sairmos desse fundo onde, por razões diversas, nos colocámos. A Força durante esta semana não só nos enviará uma energia de acção para que possamos actuar no exterior, ela também pode simplesmente ser uma força de agir dentro de nós. Quando penso nesta carta e visualizo a mulher a agarrar o leão, lembro-me sempre da luta que travamos diariamente com os nossos pequenos defeitos. Esta carta representa para mim isso mesmo, a luta que temos de travar com os nossos lados menos bons.  Assim, esta semana seremos forçados a dar atenção e domar o nosso lado mais instintivo, tentemos fazer as coisas usando novas técnicas, experimentemos perspectivas novas. Dentro desta linha das novidades, esta semana escolho o novo single de PJ Harvey, Written on the forehead do próximo álbum Let England Shake . Esta música é tão diferente do que ela fez até agora que só pode ser inspiradora às novidades que vamos t...

O isolamento do Eremita

Alegria estava novamente a caminho. Seguia vagarosamente pois as suas forças estavam a começar a desvanecer, mas estava determinado a não parar.  Enquanto andava pensava nas dependências que tinha, pois neste momento o que mais ansiava era uma boa mesa farta, com uma lareira acesa e uma boa conversa regada de um vinho saboroso. Depois disso, pensou ainda numa cama confortável e numa noite de sono descansado.  Era inevitável que o seu corpo e o seu espírito almejassem tamanhas comodidades, mas esses desejos não poderia ser satisfeitos, pelo menos, não por enquanto. À sua volta havia apenas terra batida, algumas árvores e nada mais. Ah, como sentia a falta de alguém que o ajudasse a carregar aquele peso que tinha no corpo… Ao longe, o mais longe que a sua vista conseguia alcançar, descobriu uma sombra. Algo que lhe indicava ser uma entrada. Aproximou-se e para júbilo descobriu uma pequena passagem que dava acesso a uma câmara dentro da terra «Abrigo, finalmente!» pensou ele....

A Solidão

Quando o Inverno chega, torna-se mais fácil ficar virado para dentro. Os dias ficam curtos, o que significa que as noites se tornam longas. À noite sempre foi associada a introspecção. É por natureza silenciosa e quando o barulho pára ouve-se todo o ruído interior que temos acumulado. Tornamo-nos cinzentos como os dias e escuros como a noite. Habituámo-nos a estar em constante movimentação, em contacto com uma quantidade, por vezes excessiva, de informação. Ora seja a televisão, o rádio, a internet, os cartazes na rua, a sinalização na estrada, tudo nos preenche com informação. E mesmo quando não estamos atentos ela está a penetrar-nos. Depois de um dia longo, quem consegue chegar à sua almofada maravilhosa e desligar de tudo o que viveu e absorveu durante o dia? O Inverno é sempre mais difícil para mim, mas este que ainda nem chegou, já me está a pesar. As noites têm sido longas e o descanso nem sempre o merecido e necessário. Sinto-me muito cansada de tudo e de todos. Convenço-...

A Prisão do Orgulho

Choro, metido na masmorra do meu nome. Dia após dia, levanto, sem descanso, este muro à minha volta; e à medida que se ergue no céu, esconde-se em negra sombra o meu ser verdadeiro. Este belo muro é o meu orgulho, que eu retoco com cal e areia para evitar a mais leve fenda. E com este cuidado todo, perco de vista o meu ser verdadeiro. Rabindranath Tagore, in  O Coração da Primavera Tradução de Manuel Simões