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Cupressus sempervirens

O cipreste Cupressus sempervirens, também vulgarmente conhecido como cipreste-comum, cedro-bastardo, ou cipreste-de-Itália, é uma árvore que pode atingir os 30 metros de altura e que na Península Ibérica geralmente não ultrapassa os 20 metros. A forma da copa é variável podendo ser globosa, cónica, irregular, etc., ainda que a mais vulgar seja a de aspecto estreito e compacto, que alguns autores designam por piramidal. 
O cipreste é em geral uma árvore de intensa cor verde. O ritidoma é acinzentado e finamente estriado. As folhas têm um comprimento compreendido entre o 0,5 e 1 milímetro e são opostas de cor verde-escura. As infrutescências, pinhas, têm uma forma globosa elíptica, com o comprimento compreendido entre os 24 e os 43 milímetros e com 8 a 14 escamas. Os frutos originam um número entre as 8 e 20 sementes por escama fértil. As pinhas são deiscentes e podem abrir-se no fim do Outono ou abrem-se poucos anos depois de alcançar a maturação. 
O cipreste é espontâneo na região mediterrânica oriental, mas a sua área natural é mal conhecida porque o cipreste é cultivado desde a antiguidade. Todos os exemplares que vemos no nosso território geográfico são plantados e são muito raros nas regiões onde se desenvolveram de maneira espontânea a partir de exemplares cultivados. O cipreste é considerado uma espécie muito longeva pois conhecem-se exemplares com mais de 500 anos. Com esta idade possuem uma madeira amarela ou amarelo-acastanhada muito apreciada em marcenaria, carpintaria e na confecção de instrumentos musicais. O cipreste é também utilizado pelos países latinos na ornamentação dos cemitérios, devido à sua copa erecta e esguia.

Originário das margens do mar Egeu, o Cipreste é largamente cultivado com fins ornamentais no Sul da Europa. 

Os cones do Cipreste são ricos em polifenóis. Estes compostos pode ajudar-nos nos problemas vasculares, nomeadamente nos casos de insuficiência circulatória nos membros inferiores. As suas propriedades venotónicas e antioxidantes actuam na dinâmica vascular evitando que o sangue fique estagnado e cause o vulgar peso e cansaço nas pernas. 

A acção anti-inflamatória dos flavonóides presentes nos cones, faz com que esta árvore ajude nos problemas de hemorroidal.

O chá de Cipreste regula o sistema respiratório (gripe e tosse), sistema circulatório (varizes, hemorróidas e celulite), sistema hormonal (climatério), e o digestivo (diarréia e desinteria). Alivia os pés cansados e diminui o suor nos pés. 

Coloque 2 colheres de sopa de erva para um litro de água, quando a água ferver, desligue. Tape e deixe a solução abafada cerca de 10 minutos. Em seguida, é só coar e beber de 2 a 3 chávenas ao dia.

Na magia esta árvore também é muito usada. O cipreste é o símbolo da morte. Coroava-se a fronte de Plutão com a sua ramagem. A madeira desta árvore serve para a construção da mesa que se emprega em determinados trabalhos da Arte. Utiliza-se também a madeira para a atirar ao fogo com ervas e drogas, em certas evocações elementais.

É uma árvore associada ao planeta Júpiter, serve, portanto, para todos os trabalhos em que se deseje expansão no mundo exterior.

Era ainda a madeira usada para os sarcófago egípcios, não me recordo se para o exterior ou interior. Diz-se que o caixão, em que Seth ludibriou Osíris a entrar, para depois o cortar em sete partes, era feito de cipreste.
Além disso, é uma árvore bonita e que por ser tão esguia fica muito bem nos cemitérios, fazendo de canal de limpeza.

Na primeira hora de Saturno do dia de Vénus, S. Melquíades, S. Pedro Crisólogo

Comentários

  1. Adorei!Apesar de não gostar muito de ciprestes, confesso. Talvez por os associar aos cemitério.

    Estou desejosa que chegues à parte das plantas para emagrecer! ;)) lol

    beijos

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  2. Ora Gaspas mas há-de crescer :) e dar uma bela árvore mágica :)

    ResponderEliminar
  3. LOL Sílvia (isso continua!)

    não hei-de chegar a essa parte, mas tb não precisas, deves ter montes de livros e panfletos sobre isso!!!!

    :P

    ResponderEliminar

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