Neste mês de Janeiro, em que homenageamos os nossos Ancestrais, não poderia deixar de fazer uma declaração de Amor às duas almas que me permitiram regressar a esta Roda de Gerações, os meus pais maravilhosos.
Como todas as pessoas, tem defeitos e virtudes, não é por serem meus pais que eu não vejo isso, como todos nós erram e acertam, como todos os pais acharam (e creio continuarem a achar) que sabiam o que era melhor para mim, tentaram impor-me as suas ordens, os seus princípios e as suas ideologias, mas merecem o meu respeito por, apesar de tudo isso, me terem aceite tal como sou.
Para eles, que me ajudaram a vencer nesta vida, a ganhar coragem, a defender as minhas ideias, a ser fiel e leal acima de tudo, vai hoje a minha dedicação e amor.
Podem não ter sido os melhores pais em todos os momentos mas foram e são sempre os únicos com quem posso contar, são as duas almas que me desejaram e que me acolheram nesta encarnação, são os meus maiores exemplos de vida.
À minha mãe, com o seu eterno colo caloroso, agradeço por me ter ensinado o que é ser crente. Ao meu pai, com o seu rigor, agradeço por me ter ensinado o que é ser responsável. Aos dois, agradeço pelo exemplo de Amor Eterno e de Luta constante perante a Vida.
Para eles o meu muito obrigada e espero que noutras encarnações nos possamos voltar a encontrar, para cada vez mais construirmos um relacionamento saudável, de respeito, carinho e admiração.
Parabéns aos dois!!!
Num dia de Santa Paula, São Timóteo, São Tito e de Gabriel, Regente da Energia de Lua
Muito bonito este post.
ResponderEliminarVê-se que foi sentido.
Olá :),
ResponderEliminarResolvi comentar, não este post mas a "Compaixão" que tens ali na barra lateral...
Compaixão- do Lat. compassione
s. f. dor perante o mal alheio; pena; piedade; comiseração; lástima.
Pode parecer estranho mas discordo completamente. Não que a etimologia esteja errada mas a Compaixão não é nada disto. Não tem a ver com pena, tem a ver com um avassalador poder de empatia mas não só... Compaixão é Amor na sua forma mais pura. É também um estado de consciência expandido para lá dos nossos limites "normais", de tal modo que, na linguagem corrente, a simples palavra acabou por se reduzir a um significado de piedade, mais facilmente compreensível por todos.
É bem possível que não me consiga fazer entender, até porque se alguém me tentasse explicar isto antes de eu saber o que é, eu nunca compreenderia... Posso, quanto muito, partilhar um pouco da minha história.
Aconteceu já há uns anos, tinha acabado de receber o grau de mestre de Reiki e cheguei a casa bastante cansada. Resolvi descomprimir um pouco em frente ao computador, até porque o corpo estava tão dorido que não conseguia dormir. Andei a ler notícias, a ver uns blogs, o costume... até que se começou a produzir um efeito estranho em mim, todas as grandes e pequenas dores que lia, pareciam minhas. Mas não apenas as dores, também as alegrias, a saudade, o amor, o vazio, como se todos os sentimentos que ia lendo, fossem meus. Sentindo as coisas num grau tão elevado, dei por mim a compreendê-las. Recordo que acabei por não dormir nessa noite, chorei até de manhã. Não por desespero nem por tristeza, mas por ter tanta consciência de tanta coisa ao mesmo tempo. Eu parecia um dos acorrentados da Alegoria da Caverna, acabado de sair da gruta.
Foi mais ou menos por esta altura que cheguei a uma das minhas conclusões mais polémicas, a de que não existem pessoas más - existem apenas pessoas infelizes. Ninguém diria! Mas... se a dor faz parte da vida, a maldade é apenas uma reacção, fruto da fraqueza e da ignorância.
Compaixão é Amor que se estende para além do bem e do mal. Com-paixão, bem descrita na história do Cristo, amando ao longo da Via Dolorosa.
Incrível! Este post veio de encontro a uns pensamentos que tive durante o fim de semana em relação aos meus pais. De facto passamos por momentos em que achamos que eles não nos ententem e não nos identificamos com nada do que defendem. Mais tarde tomamos consciência que todas as suas atitudes (boas ou más) foram as impulsionadoras daquilo que somos hoje.
ResponderEliminarRecentemente li "Um novo mundo" de E. Tolle e foi exactamente nas palavras dedicadas à paternidade, ao nosso papel enquanto pais, que encontrei algumas explicações para muitas situações vividas por mim e/ou por outros que me rodeiam. Deixo uma frase que me marcou:
" Se tiver filhos pequenos, faça o melhor que puder, dando-lhes a sua ajuda, orientação e protecção, mas mais importante do que tudo é dar-lhes espaço - Espaço para serem. Eles vêm ao mundo através de si, mas não são «seus»".
Querida Vida,
ResponderEliminarde facto aquilo que dizes é a tua Verdade. Neste espaço tenho sempre insistido para que as pessoas recebam a informação mas a tornem conhecimento vivendo-a, aplicando-a na sua vida. A história maravilhosa que partilhaste connosco mostra exactamente isso, passaste uma definição de dicionário a uma Verdade interior vivida pela tua experiência.
Eu concordo com quase tudo o que dizes. A definição do dicionário é apenas um meio de alcançarmos a experiência. Mas...há nele uma certa verdade.
Eu nada tenho contra esse sentimento que tão bem descreves, essa experiência de ligação com o Todo, mas a isso eu não chamo compaixão mas compreensão, ligação, iluminação.
A compaixão encerra em si um sentido algo dúbio(pelo menos para mim), sempre que tens compaixão por alguém estás a colocar-te acima dessa pessoa. Como tu própria disseste:
"(...)cheguei a uma das minhas conclusões mais polémicas, a de que não existem pessoas más - existem apenas pessoas infelizes. Ninguém diria! Mas... se a dor faz parte da vida, a maldade é apenas uma reacção, fruto da fraqueza e da ignorância. "
Assim, parece-me que tu tens esse sentimento porque te sentes diferente deles, tens amor e eles não. Não sei minha querida, estou apenas a lançar questões para o ar...a fazer o advogado do diabo. Uso o teu exemplo mas não é directamente sobre ti que falo, atenção. Acho que só questionando a verdade pode surgir.
Talvez este assunto mereça um post mais aprofundado, ou se quiseres podes sempre mandar-me um mail e partilhamos as nossas ideias em privado!!!
Seja de que forma for, adorei esta tua partilha, volta sempre pois tens uma forma de ver e estar no mundo que me agrada muito!
Um beijo grande
Linda Marise,
ResponderEliminarque bom a sintoniar estar ainda entre nós. De facto, quando estamos abertos as coisas fluem, servimos de instrumento para quem de nós precisar.
Adorei que tivesses perdido a vergonha e partilhasses algo teu, acredita que foi excelente receber um feedback assim. Vou procurar ler esse livro, nunca o li.
Beijos grandes minha doce alma
Olá Shin Tau
ResponderEliminarNo que respeita à compaixão eu concordo com a Vida. Quando temos pena estamos a considerar o outro como alguém sem recursos um "deficiente" espiritual que precisa de ser levado ao colo e ajudado.
Ter compaixão é sobretudo colocarmo-nos no lugar do outro vivermos as suas dores e angustias entendê-lo é um partilha de amor que nos eleva e eleva o outro.
Um abraço
O Viajante
Olá Shin Tau
ResponderEliminarPois é sou eu de novo pensei em não fazer comentarios em relação ao post sobre os pais, mas não resisti. Acho que foi lindo da sua parte tudo o que disse sobre eles sobretudo a compaixão(a da Vida) que colocou na analise das atitudes que eles tiveram para consigo.Não existem escolas de pais portanto muitas vezes aprende-se por tentativa e erro. Hoje embora não seja pai entendo muitas das atitudes que os meus pais tiveram comigo e que magoaram ou me fizeram explodir.
Quanto à proxima vida não tenha duvidas vai estar no mesmo grupo talvez agora noutro papel.
Um abraço
O Viajante
Shin Tau... eu bem dizia que este não era um assunto sobre o qual se fala com facilidade. Eu não me sinto assim tão diferente dos outros, até porque tenho o meu lado negro, fraco e ignorante, como toda a gente.
ResponderEliminarSe pensarmos que o Amor é o Uno, ele engloba tanto a sua presença como a sua ausência. Neste caso, a diferença só se faz pela tomada de consciência.
Comiseração é apenas isso, um sucedâneo passivo da empatia. Compaixão tem mais a ver com a paixão propriamente dita, é algo radiante e de natureza activa. Graças a ela é possível ficar embevecido perante a vida efémera de uma borboleta, da mesma forma que é possível compreender um assassino, sentir a sua realidade e envolver qualquer uma destas experiências no manto do Amor. A Compaixão brilha até no vazio.
Dizes que a minha definição se assemelha ao uma espécie de iluminação - de facto. Mas não me coloca acima de ninguém, antes pelo contrário, coloca-me ao lado, como quem acompanha. Mesmo assim, nem sempre - estou muito longe de conseguir manter a clareza no dia-a-dia!
Este assunto ainda dará muita conversa, talvez num destes dias passemos ao e-mail :)
Bjs
Minha querida Vida,
ResponderEliminareu não me referi a ti em particular, não creio que isso de te sentires diferente seja verdade. Estava apenas a utilizar as tuas palavras para expor o meu receio de quando se fala em compaixão.
Falar das nossas verdades interiores nem sempre é fácil, principalmente quando os outros não tiveram a mesma experiência que nós. Também se aplica àquilo que quero transmitir sobre este tema da compaixão, é que por experiência própria as pessoas utilizam a compaixão como forma de se valorizarem e não colocando-se em pé de igualdade. Mas esta é a minha experiência não tem de todo d ser a dos outros, claro.
:)
Quando quiseres o meu mail está no meu perfil para quem me quiser contactar ihihihih
beijocas e bem vinda ao meu coração!!!
Minha doce Shin_TAU
ResponderEliminarAinda a propósito da compaixão:
"A força secreta da sua etimologia banha a palavra de uma outra luz e dá-lhe um sentido mais lato: ter compaixão (co-sentimento) é poder viver com o outro não só a sua infelicidade mas sentir também todos os seus outros sentimentos: alegria, angústia, felicidade, dor.
Esta compaixão(...) designa, portanto, a mais alta capacidade de imaginação afectiva, ou seja, a arte da telepatia das emoções. Na hierarquia dos sentimentos, é o sentimento supremo.(...)"
Milan Kundera in A Insustentável Leveza do Ser
que eu susbcrevo
love ya