A Torre esta semana esteve a dar-nos uma lição sobre como largar situações, pessoas, emoções, que já não servem para o nosso caminho.
Saíram assim estas cartas (reparem que foram todas figuras da corte, o que significa que andámos às voltas com coisas já estabelecidas e bem formatadas, uma vez que a única que indica início é o Pajem e só saiu uma.):
E as cartas ensinaram-nos o seguinte:
O Cavaleiro de Discos levou a nossa atenção para o mundo físico. Mostrou-nos como todos guiamos a nossa vida de forma a TER, chamou dessa forma o Raio Divino para as nossas limitações físicas, para aqueles aspectos que não desejamos perder, mas que temos devemos libertar.
O problema desafio dessa libertação tem a ver com as emoções que associamos a determinados aspectos materiais físicos da nossa vida, por isso aparece o Cavaleiro de Copas imediatamente a seguir. Quanto maior for a relação emocional que temos com o mundo físico mais difícil se torna de o deixar ir, quando for necessário. Assim, porque não somos robôs e temos ligações emocionais com tudo, o que devemos aprender é que não é o objecto físico em si que provoca a emoção, ele apenas serve de gatilho para a acordar, mas ela existe e pode ser desperta de outras formas, com outros gatilhos.
A título de exemplo prático: gostamos de estar com os nossos amigos e todas as semanas saímos para jantar fora. Por causa da crise esses encontros começam a ser adiados e a nossa tristeza instala-se, pois é importante o contacto físico com os amigos. As cartas não nos dizem para abandonar os amigos, mas sim os jantares e a necessidade que tenho deles, posso sempre encontrar uma outra forma de conseguir estar com eles. Não jantamos fora, jantamos em casa. Não jantamos e apenas vamos beber café fora.
Não é abandonar de todo as situações que as cartas aconselham, mas sim uma análise atenta e cuidada às nossas emoções, verificando a sua proveniência e a sua estrutura, a necessidade que temos é estar com os amigos ou sair com eles? É dependência dos amigos? Da vida social? As respostas para cada situação ajudar-nos-ão a encontrar a alternativa possível, a corrigir o que não está correcto com o nosso plano de vida original.
Qualquer emoção serve para nos impulsionar. E aqui surge novamente a dualidade. Ao invés de nos quedarmos no nosso canto e esperar que tudo passe, devemos ser pró-activos e co-criativos. Transformar é a palavra de ordem, transmutar as necessidades em prazeres livres de compromissos. E assim voltamos ao início, a dependência do mundo físico é compreendida e transmutada para valores mais luminosos, que nos permitam continuar a SER seja em que circunstâncias for.
Se assim agirmos para com as nossas dependências poderemos ter a certeza de que a nossa Vontade será melhor dirigida, de acordo com aquilo que sentimos e desejamos, livres de amarras e apegos. Livres para SER, TER e FAZER.
Da minha parte, foi precisamente nesta semana que me apercebi que estava outra vez a fumar!!! A minha dependência voltou, agora ela tem de ser analisada pois se a quero libertar tenho de compreender a sua origem. Porque razão depois de tanto tempo...ela volta a surgir?!?
Na terceira hora de Saturno do dia de Lua, Nossa Senhora dos Remédios, S. Firmino, S. Quirino, S. Nicásio
Oh Shin,
ResponderEliminarDisseste "(...)transmutar as necessidades em prazeres livres de compromissos."?
Essa parece ser a história da minha vida.Para variar ando ao contrário e a minha necessidade é agora de estabelecer compromissos.E ter prazer neles.
Tinhas razão, sou demasiado livre e no fundo no fundo temo hipotecar a minha liberdade, então as coisas simplesmente acontecem de acordo com aquilo que eu penso.E temo. Portanto, não acontecem.
A minha necessidade é, finalmente, partilhar intimidade com alguém...Oh Meu Deus...lol
Gostei deste post, muito prático.Vou fazer a tal análise
beijos
IdoMind
ResponderEliminarjá tinha saudades das tuas palavras por aqui!!!
Pra variar eu tinha razão LOLOLOL Oh Meu Deus a Shin tinha razão LOL
E agora...qual o passo seguinte?
Beijocas