A segunda quinzena de Outubro não tem sido pêra doce de aguentar, seja lá por que motivos for. De uma forma ou de outra vejo as pessoas à minha volta meio perdidas, em busca de um Graal mas sem saber muito bem o que ele é.
Estas semanas passadas tivemos duas energias importantes femininas, de criação - A Imperatriz e A Alta Sacerdotisa.
A Imperatriz chamou a nossa atenção para a nutrição, para a forma como preenchemos a nossa alma, mas pareceu-nos que o buraco, o vazio que habitava em nós jamais poderia ser preenchido. Assim, na semana seguinte recebemos a Sacerdotisa para nos ensinar a curar as feridas, a preparar o vaso para que a nutrição da Imperatriz aconteça.
Vamos lá ver o percurso que as cartas nos quiseram mostrar.
A agitação foi instalada com a Imperatriz. Era como se quiséssemos acalmar a nossa mente mas nada funcionava, aquela questão martelava na nossa mente. E dessa forma a nossa energia vital começou a faltar para tudo o que tínhamos de fazer.
O que a Imperatriz nos ensinou é que a nossa falta de ligação com o Uno faz com que tudo o que nos rodeia pareça escassear, principalmente nos momentos em que mais precisamos. O mental está directamente ligado ao Plano Físico, pois é aí, na mente, na criação, que a forma começa a existir.
Quanto mais pensamos que o problema é real, mais facilmente ele se transforma no campo físico.
Para termos aquela carga energética que tanto precisamos, durante o dia e a nossa vida, é preciso acreditar que tudo o que desejamos já temos, assim, só nos falta mesmo desejar o melhor e ele surgirá. Quanto melhor dominarmos o mental, mais facilmente atingimos os objectivos físicos que desejamos.
E depois veio a Sacerdotisa e com ela o reconhecimento de que temos o poder necessário perante os obstáculos que nos são apresentados, quer sejam ao nível físico, do corpo, da vontade ou das emoções. Todos estes campos foram nesta última semana abalados pela Sacerdotisa.
Mas Ela mostra-nos que nada é importante, que tudo é passageiro, sejam eles ganhos, perdas, sucessos ou infortúnios. Mais uma vez a lição foi a mesma, controla o mental e tudo se resolverá.
O caminho normal seria termos tido a Sacerdotisa a iniciarmo-nos num percurso ascendente de conhecermos o nosso interior para depois nutrirmos o que estava em falta com a Imperatriz. Porém, não foi assim que aconteceu. A Imperatriz nutriu mas ao mesmo tempo mostrou-nos onde estão as nossas fragilidades, depois, se fomos capazes, a Sacerdotisa ensinou-nos a ver como tudo está no poder da nossa mente.
Não foi um percurso fácil, nunca é quando o mental entra em jogo. Todavia, se conseguirmos chegar a acalmar essa segunda mente que nos domina e invade sem ser convidada, teremos poder para alcançar tudo o que desejarmos.
Na terceira hora de Vénus do dia de Sol, S. Rafael Arcanjo, S. Fortunato
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