Hoje em conversa com uma amiga foi-me sugerido que falasse um pouco sobre o sentimento de desapontamento, a princípio recusei a ideia mas depois achei que poderia de facto ser produtivo, nesta nova etapa, fazê-lo. Contudo, não o farei colocando-me no papel da vítima, não, esse não é nem nunca será o meu papel, pois tudo o que me acontece é da minha responsabilidade, a culpa não é dos outros, eu, pelo menos, não acredito nisso. Quando assumimos a nossa responsabilidade, assumimos também a nossa capacidade de criar o nosso Mundo e isso leva-nos a um questionamento interior constante. As perguntas sobre quem somos, quem queremos ser, onde estamos, onde queremos ir, são a base de qualquer busca espiritual, pois o caminho começa em nós e em nós termina.
As perguntas, porém, podem representar um impasse, algo que nos pode toldar a mente e impedir de seguir o Caminho, podem-se tornar num labirinto indecifrável onde muitas almas já caíram. Mas, recentemente, percebi que quando isso acontece é porque estamos a fazer as perguntas erradas e que basta encará-las de uma outra perspectiva para seguir em frente.
Assim, quando nos sentimos desapontados com algo o que devemos perguntar primeiro não é porquê, por que razão tal pessoa me fez assim ou assado, porque me aconteceu tal desgraça ou infortúnio, mas sim como cheguei a este sentimento, a esta situação, como me permiti aqui chegar.
O desapontamento pressupõe sempre que havia expectativas perante algo, estávamos à espera de um resultado, e não vale a pena dizer que deixamos um espaço de manobra para o que tiver de surgir porque isso é simplesmente treta. Estamos habituados e assim fomos criados a tentar ter tudo sobre o nosso controlo, trabalhamos x número de horas, vamos ao ginásio x número de horas, dormimos x número de horas, comemos x número de calorias e até temos as relações sexuais controladas, durante a semana de determinada forma e ao fim-de-semana de outra mais livre, mas nem por isso menos controlada.
A verdade é esta - estamos sempre à espera de algo do outro, de algo de determinada situação e não damos ponto sem nó e quando o nó não tem a forma que queremos ficamos desapontados.
Então a pergunta só pode ser: o que me levou a esperar isto desta situação? Alguém me prometeu isso? Não, então fui eu própria que provoquei este sentimento de desapontamento, logo, ele não tem razão nenhuma para existir.
Posto isto, e deixando o papel de vítima de lado, podemos então deixar espaço para que a verdadeira fé se revele, aquele que me vai encher o coração de segurança por saber que isto tem uma razão de ser e que, de certo, será para o meu melhor!
Este é mais uma daquelas valiosas aprendizagens, feita a custo de muita refexão e de muito questionamento: quando assumimos controlo da nossa vida e nos deixamos de esperar que os outros tenham pena de nós e que se sintam culpados pelas nossas desgraças, surge uma força interior como nunca assistimos antes, a verdadeira força da Fé, da Esperança e do Amor.
Sobre o desapontamento é o que tenho para dizer, não estou desapontada pois confio e acredito que o melhor está para vir, pelo menos é isso que eu quero para mim e assim será!
Num dia de Marte e de Samael, de Santo Estêvão da Hungria e de São Brocardo
As perguntas, porém, podem representar um impasse, algo que nos pode toldar a mente e impedir de seguir o Caminho, podem-se tornar num labirinto indecifrável onde muitas almas já caíram. Mas, recentemente, percebi que quando isso acontece é porque estamos a fazer as perguntas erradas e que basta encará-las de uma outra perspectiva para seguir em frente.
Assim, quando nos sentimos desapontados com algo o que devemos perguntar primeiro não é porquê, por que razão tal pessoa me fez assim ou assado, porque me aconteceu tal desgraça ou infortúnio, mas sim como cheguei a este sentimento, a esta situação, como me permiti aqui chegar.
O desapontamento pressupõe sempre que havia expectativas perante algo, estávamos à espera de um resultado, e não vale a pena dizer que deixamos um espaço de manobra para o que tiver de surgir porque isso é simplesmente treta. Estamos habituados e assim fomos criados a tentar ter tudo sobre o nosso controlo, trabalhamos x número de horas, vamos ao ginásio x número de horas, dormimos x número de horas, comemos x número de calorias e até temos as relações sexuais controladas, durante a semana de determinada forma e ao fim-de-semana de outra mais livre, mas nem por isso menos controlada.
A verdade é esta - estamos sempre à espera de algo do outro, de algo de determinada situação e não damos ponto sem nó e quando o nó não tem a forma que queremos ficamos desapontados.
Então a pergunta só pode ser: o que me levou a esperar isto desta situação? Alguém me prometeu isso? Não, então fui eu própria que provoquei este sentimento de desapontamento, logo, ele não tem razão nenhuma para existir.
Posto isto, e deixando o papel de vítima de lado, podemos então deixar espaço para que a verdadeira fé se revele, aquele que me vai encher o coração de segurança por saber que isto tem uma razão de ser e que, de certo, será para o meu melhor!
Este é mais uma daquelas valiosas aprendizagens, feita a custo de muita refexão e de muito questionamento: quando assumimos controlo da nossa vida e nos deixamos de esperar que os outros tenham pena de nós e que se sintam culpados pelas nossas desgraças, surge uma força interior como nunca assistimos antes, a verdadeira força da Fé, da Esperança e do Amor.
Sobre o desapontamento é o que tenho para dizer, não estou desapontada pois confio e acredito que o melhor está para vir, pelo menos é isso que eu quero para mim e assim será!
Num dia de Marte e de Samael, de Santo Estêvão da Hungria e de São Brocardo
Mais nada!Subscrevo a tua teoria.Só nos desapontamos quando esperamos, quando criamos expectativas e lá diziam os mexicanos: se queres fazer rir Deus conta-lhe os teus planos.O problema parece-me que é a nossa teimosia em considerar que sabemos o que é melhor para nós. Mas não sabemos. Estamos de tal forma condicionados por aquilo que fizeram de nós, a nossa educação, a nossa sociedade e todo o meio que te rodeia enquanto te formavas como pessoa, que não sabemos verdadeiramente o que é melhor.O remédio é mesmo confiar. Fazermos o que pudermos e quanto aos que não pudermos entregar e crer que tudo tem o seu indecifrável e maravilhoso propósito.
ResponderEliminarI do Mind
Obrigada minha linda. MAs há algo no teu comentário que não é a minha opinião: para mim, atenção, o nosso caminho espiritual é o de nos encontrarmos e isso começa quando fazes a triagem do que é realmente teu, do que te foi imposto e não faz sentido, dos condicionalismos. Conhece-te a ti próprio! E, eu acredito nisto, só nós sabemos o que é melhor para nós, porque só nós vamos pagar essa conta, a responsabilidade é nossa, não podemos simplesmente andar para aí à deriva e que o destino nos guie. Pelo menos, não como princípio de vida.
ResponderEliminarExactamente Shin :) andar por ai á deriva e esperar que o destino nos guie é sem duvida o pior "principio de vida", mas o mais incrivel é que existirão sempre alguns que iram escolher essa experiência, como nós já o fizemos, e outros iram fazer :)
ResponderEliminarTem de existir de tudo, faz parte do magnifico "Conto" de Deus... A vida :)
Excelente Blog.