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Equilíbrio, Juízos e Avaliações - Decisões...

Meus queridos, esta foi de facto, para mim, uma semana de Temperança. Fui forçada pelas circunstâncias a exercer a minha diplomacia. A sair do conforto dos meus sapatos para me colocar no dos outros. A ser juiz, carrasco e amiga. Enfim, foi uma semana muito Balança, mas o melhor é que descobri mesmo que o consigo ser! Não gosto de o fazer, mas se tiver de ser, já sei que sou capaz!

Bom, mas vamos ao Alegria que interessa mais!

Alegria encontrou a sua resposta. Em todo o seu corpo se firmava a certeza de que só podia seguir em frente. O fim daquele estádio havia chegado.
Mesmo assim, decidiu repensar novamente a sua decisão, de forma a que não fosse apenas uma partida do Ego, mas uma decisão consciente da sua Vontade. E assim, caminhou até ao seu passado mais recente. Foi à origem deste desejo. Traçou o caminho desde a materialização até à formação da ideia.
Recordou que este estado de plenitude nesta comunidade se deveu à sua capacidade de os organizar. Usando da sua diplomacia e do seu poder de organização ele fizera com que os seus modos de actuação mudassem e isso levou-os à plenitude.
Lembrou-se dos vários momentos em que reavaliou a sua posição, e que ponderou a entrada neste grupo e como isso fora um trabalho árduo.
Inevitavelmente a imagem da Sacerdotisa apareceu nestas recordações. Lembrou-se como ela era a sua alma gémea, como lhe trouxera o equilíbrio necessário para esta tarefa. Fora ela que lhe ensinara a discernir a ilusão do real. Fora ela que o ensinara a compreender que o estado interior se espelha no exterior. Quantas vezes Alegria se questionara sobre a ilusão da sua quietude interior perante a turbilhão do exterior. Mas Ela mostrara-lhe que é possível manter essa quietude dentro e que, mais cedo ou mais tarde, ela passará para o exterior.
Alegria sentia-se bem. Esta reavaliação da sua decisão trouxera-lhe ainda mais certeza. Ficava apenas alguma tristeza por Ela não ir fazer parte da sua nova caminhada, mas a certeza de que faria sempre parte de si acalmava-o.
E assim tão simplesmente o nosso caminhante descobriu algo sobre si. Afinal ele era capaz de usar da Arte de equilibrar as coisas, conseguira aprender a ser sensato e moderado. Fora um bom líder e um bom agente da comunidade. A sua Jornada solitária nunca fora um escape da sociedade, mas sim uma escolha consciente.
Estava agora pronto para seguir o seu caminho. Só faltava agora transmitir-lhes a sua decisão.

E foi assim a semana com a Temperança. Faz sentido para vós? Foram forçados a reavaliar muitas coisas? Foi uma semana em que tiveram de controlar as emoções? Os desejos? Mas valeu a pena?

Na primeira hora de Lua do dia de Sol, S. Fernando, S. Nereu, S. Aquileu

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