Depois da aprendizagem com o cantoneiro, eis que surgiu a minha vez.
Estava com a minha mãe à espera de uma consulta, marcada para as 2 horas, e já passavam 40 minutos e ninguém dizia nada. A minha mãe estava em jejum, pois o exame assim o exigia, desde as 5 horas da manhã. Ela começou a queixar-se e as pessoas que estavam na sala também, lembrei-me do que tinha escrito aqui e decidi fazer algo. Fui à recepção perguntar a razão de tal demora, pois na sala não havia nenhuma funcionária. As recepcionistas foram super prestáveis e, depois de telefonarem às colegas, explicaram-me que o médico estava atrasado do almoço, mas que as colegas do piso superior deveriam de dar uma explicação aos utentes. Depois disto, que não demorou mais de 7 minutos, quando subi a minha mãe já estava a ser atendida, incrível. Achei um exagero que o médico tivesse de se ausentar para almoçar enquanto as utentes estavam em jejum para fazer o exame, mas em vez de refilar tomei medidas.
Depois desta cena, lembrei-me do filme que fui ver no fim-de-semana passado. Os Irmãos Wachowski, após o místico The Matrix, decidiram realizar um filme mais soft, mas nem por isso menos místico. Speed Racer, conta a história de uma família envolvida nas corridas de carros, que após o dramático acidente do filho mais velho, procuram continuar com a sua vida nas corridas. Speed é um rapaz fenomenal, não só nas corridas como também na vida social. Este rapaz vai ter de descobrir o seu caminho, livrando-se do fantasma do seu irmão e encontrando quem quer ser. O filme conta-nos, de uma forma bastante simples, o percurso do herói, como se encontra nas cartas de Tarot, ele é o Mago, pois tem todas as capacidades para as corridas desde a infância. O seu irmão é o Louco, símbolo daquilo que ele pretende atingir. O pai é o Imperador, simbolizando toda a estrutura material, física, ele é quem constrói os carros, a mãe a Imperatriz, uma mulher segura do que pretende e que se encontra como somatório do marido e do filho e, por último, a namorada a Sacerdotisa, ela está lá desde sempre ao seu lado, lembrando-o e acreditando nele. Spees vê-se perante uma escolha (Os Enamorados) e tem de decidir. O Carro está obviamente explícito no carro que ele conduz, que curiosamente tem o número 5. E as referências vão por aí fora, o Diabo, no empresário que promete toda a segurança financeira, mas que no fundo os quer é prender e manipular, enfim, o leque é vasto e basta ver o filme para compreender que os Irmãos Wachowski foram mais uma vez bem longe na sua mensagem. A juntar à mensagem forte temos também imagens fortes, nas cores e nos símbolos, sem dúvida muito bem realizado.
Todavia, a parte mais interessante é mesmo a final, quando nos é oferecido uma dança mística bem ao jeito da carta O Mundo, onde Speed se revela e nos ensina que não importa o que o Mundo é actualmente, o importante é fazermos o que julgamos correcto e, obviamente, o que somos capazes.
Esta é a verdadeira mensagem que retiro do filme, todos temos um papel na história do Universo, temos de descobrir qual é de forma a melhorarmos este mundo onde vivemos. Se cada um cumprir a sua parte, será mais fácil de colocar as coisas de volta ao sítio certo.
Foi uma aprendizagem muito interessante, principalmente porque nesta altura estou, mais uma vez, a repensar a minha vida profissional. Obrigada Wachowski, por relembrarem as pessoas, e em particular a mim, desta lição tão simples, mas por vezes tão difícil de assimilar.
Num dia de Vénus e do Arcanjo Anael, de Santa Isabel Rainha de Portugal e de São Ulrico
Estava com a minha mãe à espera de uma consulta, marcada para as 2 horas, e já passavam 40 minutos e ninguém dizia nada. A minha mãe estava em jejum, pois o exame assim o exigia, desde as 5 horas da manhã. Ela começou a queixar-se e as pessoas que estavam na sala também, lembrei-me do que tinha escrito aqui e decidi fazer algo. Fui à recepção perguntar a razão de tal demora, pois na sala não havia nenhuma funcionária. As recepcionistas foram super prestáveis e, depois de telefonarem às colegas, explicaram-me que o médico estava atrasado do almoço, mas que as colegas do piso superior deveriam de dar uma explicação aos utentes. Depois disto, que não demorou mais de 7 minutos, quando subi a minha mãe já estava a ser atendida, incrível. Achei um exagero que o médico tivesse de se ausentar para almoçar enquanto as utentes estavam em jejum para fazer o exame, mas em vez de refilar tomei medidas.
Depois desta cena, lembrei-me do filme que fui ver no fim-de-semana passado. Os Irmãos Wachowski, após o místico The Matrix, decidiram realizar um filme mais soft, mas nem por isso menos místico. Speed Racer, conta a história de uma família envolvida nas corridas de carros, que após o dramático acidente do filho mais velho, procuram continuar com a sua vida nas corridas. Speed é um rapaz fenomenal, não só nas corridas como também na vida social. Este rapaz vai ter de descobrir o seu caminho, livrando-se do fantasma do seu irmão e encontrando quem quer ser. O filme conta-nos, de uma forma bastante simples, o percurso do herói, como se encontra nas cartas de Tarot, ele é o Mago, pois tem todas as capacidades para as corridas desde a infância. O seu irmão é o Louco, símbolo daquilo que ele pretende atingir. O pai é o Imperador, simbolizando toda a estrutura material, física, ele é quem constrói os carros, a mãe a Imperatriz, uma mulher segura do que pretende e que se encontra como somatório do marido e do filho e, por último, a namorada a Sacerdotisa, ela está lá desde sempre ao seu lado, lembrando-o e acreditando nele. Spees vê-se perante uma escolha (Os Enamorados) e tem de decidir. O Carro está obviamente explícito no carro que ele conduz, que curiosamente tem o número 5. E as referências vão por aí fora, o Diabo, no empresário que promete toda a segurança financeira, mas que no fundo os quer é prender e manipular, enfim, o leque é vasto e basta ver o filme para compreender que os Irmãos Wachowski foram mais uma vez bem longe na sua mensagem. A juntar à mensagem forte temos também imagens fortes, nas cores e nos símbolos, sem dúvida muito bem realizado.
Todavia, a parte mais interessante é mesmo a final, quando nos é oferecido uma dança mística bem ao jeito da carta O Mundo, onde Speed se revela e nos ensina que não importa o que o Mundo é actualmente, o importante é fazermos o que julgamos correcto e, obviamente, o que somos capazes.
Esta é a verdadeira mensagem que retiro do filme, todos temos um papel na história do Universo, temos de descobrir qual é de forma a melhorarmos este mundo onde vivemos. Se cada um cumprir a sua parte, será mais fácil de colocar as coisas de volta ao sítio certo.
Foi uma aprendizagem muito interessante, principalmente porque nesta altura estou, mais uma vez, a repensar a minha vida profissional. Obrigada Wachowski, por relembrarem as pessoas, e em particular a mim, desta lição tão simples, mas por vezes tão difícil de assimilar.
Num dia de Vénus e do Arcanjo Anael, de Santa Isabel Rainha de Portugal e de São Ulrico
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